O Partido Socialista quer abrir novo ciclo político em Ílhavo e confia que os cidadãos não se deixam iludir pela política de nomes.
A mensagem foi deixada pela candidata à Câmara no lançamento da candidatura.
Sónia Fernandes apresentou-se este fim de semana, na Gafanha da Nazaré, numa sessão em que deixou críticas à maioria independente e a uma corrida eleitoral com nomes acima dos projetos.
A candidata diz que não se sente inferiorizada por não ser o nome mais mediático.
"Sei que lá fora perguntam: quem é ela? talvez não seja a mais conhecida. Ainda bem. Não vim fazer política à custa do nome".
Sónia Fernandes no lançamento de uma candidatura que se junta a João Campolargo (Unir) e Rui Dias (AD).
A candidata faz balanço negativo a quatro anos sob liderança de movimento independente.
Quer romper com uma linha mais voltada para indicadores económicos (com áudio).
Defende uma estratégia assente nos valores do PS (Justiça social e igualdade de oportunidades) em governo dedicado a “servir e decidir com sentido de comunidade”.
E na lista de medidas sociais apresenta como prioridades a criação de novas creches e ampliação da oferta já existente.
Afirma que o apoio em inicio de vida é decisivo para atrair e fixar população.
Num compromisso entre gerações, afirma como crucial apoiar a construção de lares e centros de dia e criar uma rede de apoio domiciliário de proximidade.
“Não aceitaremos que a velhice seja sinónimo de solidão ou desamparo”.
Fomentar a habitação a custos controlados, regulamentar o alojamento local, criar incentivos fiscais e lançar o observatório da habitação são medidas apontadas ao setor.
No desenvolvimento económico anuncia a aposta na criação de estratégia para a captação de investimento capaz de criar emprego de forma sustentável para travar a perda de jovens.
Ao nível da mobilidade defende a criação de circuitos intramunicipais que garantam acessibilidade aos cidadãos.
Ouviram-se criticas à gestão independente dos últimos 4 anos pela forma como acumulou saldos e pelo atraso na concretização de projetos.
Luís Leitão diz que é hora de abrir novo ciclo.
O candidato à assembleia municipal deu as boas vindas aos que tendo deixado o PS há quatro anos para seguir o projeto independente estão de regresso ao partido Socialista (com áudio)
Luis Leitão fala de uma “nova caminhada” em “novo projeto” deixando claro que o Partido espera ter oportunidade de criar condições ao reforço de competências das Juntas, combate à burocracia e criação de condições para uma Assembleia que funcione como “moderador imparcial” do debate político.
Leitão entende que a AMI é o fórum da democracia local em cargo de “elevada responsabilidade” para quem exerce a liderança em missão “essencial para o equilíbrio político”.
“O mundo mudou e Ílhavo tem que mudar. É tempo de romper com o comodismo e a estagnação. Ílhavo tem que abrir novo ciclo autárquico”.
A sessão contou com testemunhos da deputada Susana Correia, antiga autarca na Feira, que reclama a importância da “sensibilidade feminina” na política e do presidente da distrital de Aveiro do PS que incentiva o PS a romper com o passado.
“Milhões parados não é poupança é incompetência”, disse Hugo Oliveira que apelou a uma visão nova para o concelho (com áudio).