Autárquicas 2025: "Não vim fazer política à custa do nome" - Sónia Fernandes (PS).

O Partido Socialista quer abrir novo ciclo político em Ílhavo e confia que os cidadãos não se deixam iludir pela política de nomes.

A mensagem foi deixada pela candidata à Câmara no lançamento da candidatura.

Sónia Fernandes apresentou-se este fim de semana, na Gafanha da Nazaré, numa sessão em que deixou críticas à maioria independente e a uma corrida eleitoral com nomes acima dos projetos.

A candidata diz que não se sente inferiorizada por não ser o nome mais mediático.

"Sei que lá fora perguntam: quem é ela? talvez não seja a mais conhecida. Ainda bem. Não vim fazer política à custa do nome".

Sónia Fernandes no lançamento de uma candidatura que se junta a João Campolargo (Unir) e Rui Dias (AD).

A candidata faz balanço negativo a quatro anos sob liderança de movimento independente.

Quer romper com uma linha mais voltada para indicadores económicos (com áudio).

Defende uma estratégia assente nos valores do PS (Justiça social e igualdade de oportunidades) em governo dedicado a “servir e decidir com sentido de comunidade”.

E na lista de medidas sociais apresenta como prioridades a criação de novas creches e ampliação da oferta já existente.

Afirma que o apoio em inicio de vida é decisivo para atrair e fixar população.

Num compromisso entre  gerações, afirma como crucial apoiar a construção de lares e centros de dia e criar uma rede de apoio domiciliário de proximidade.

“Não aceitaremos que a velhice seja sinónimo de solidão ou desamparo”.

Fomentar a habitação a custos controlados, regulamentar o alojamento local, criar incentivos fiscais e lançar o observatório da habitação são medidas apontadas ao setor.

No desenvolvimento económico anuncia a aposta na criação de estratégia para a captação de investimento capaz de criar emprego de forma sustentável para travar a perda de jovens.

Ao nível da mobilidade defende a criação de circuitos intramunicipais que garantam acessibilidade aos cidadãos.

Ouviram-se criticas à gestão independente dos últimos 4 anos pela forma como acumulou saldos e pelo atraso na concretização de projetos.

Luís Leitão diz que é hora de abrir novo ciclo.

O candidato à assembleia municipal deu as boas vindas aos que tendo deixado o PS há quatro anos para seguir o projeto independente estão de regresso ao partido Socialista (com áudio)

Luis Leitão fala de uma “nova caminhada” em “novo projeto” deixando claro que o Partido espera ter oportunidade de criar condições ao reforço de competências das Juntas, combate à burocracia e criação de condições para uma Assembleia que funcione como “moderador imparcial” do debate político.

Leitão entende que a AMI é o fórum da democracia local em cargo de “elevada responsabilidade” para quem exerce a liderança em missão “essencial para o equilíbrio político”.

“O mundo mudou e Ílhavo tem que mudar. É tempo de romper com o comodismo e a estagnação. Ílhavo tem que abrir novo ciclo autárquico”.

A sessão contou com testemunhos da deputada Susana Correia, antiga autarca na Feira, que reclama a importância da “sensibilidade feminina” na política e do presidente da distrital de Aveiro do PS que incentiva o PS a romper com o passado.

“Milhões parados não é poupança é incompetência”, disse Hugo Oliveira que apelou a uma visão nova para o concelho (com áudio).