A Presidente da Junta de Aradas, em Aveiro, já reagiu ao facto de ter sido constituída arguida num processo em que se investigam os crimes de abuso de poder, violação de normas de execução orçamental, peculato, corrupção e participação económica em negócio.
Catarina Barreto e mais cinco arguidos podem ter que responder por uso indevido de dinheiros públicos para pagar a um fotógrafo profissional que terá sido contratado para cobrir a cerimónia de apresentação da recandidatura de Catarina Barreto à presidência da junta, nas eleições autárquicas em 2021.
O aproveitamento de recursos da Junta para financiar ações relacionadas com a campanha, pagamentos de almoços e jantares com dinheiro público, em homenagens, inaugurações, museus e outras despesas sem ligação às funções e a compra de espaço de comentário numa rádio estão entre os factos analisados pela PJ.
Em comunicado enviado à Redacção Terra Nova, Catarina Barreto já reagiu sublinhando que foi constituída arguida, em abril de 2023, "num processo que tem como objeto duas questões: que terei utilizado um fotógrafo para a minha apresentação de candidatura com pagamento pela Junta de Freguesia no valor de 250 euros, facto que não corresponde à verdade como será demonstrado, antes correspondendo tal denúncia a um esquema montado por terceiros, que terão sido emitidas duas faturas relativamente a obras realizadas por duas distintas empresas, mas que apenas uma delas é a prestadora dos serviços”.
A autarca assegura que a denúncia apresentada "não corresponde à verdade, pois a obra foi executada por duas sociedades que têm serviços diferentes”, adiantando que ”não fui constituída arguida por qualquer outra questão”, garantindo estar “completamente à disposição das entidades investigatórias, como sempre tenho colaborado, convicta que tudo será esclarecido”, vincou.