A concelhia de Aveiro do Partido Socialista defende que a Presidente de Junta em Aradas terá de “dialogar, negociar e obter a aprovação do seu executivo por parte da oposição” e deixa o aviso: “não vale a pena apostar na vitimização”.
Afirma que sem o cumprimento das condições colocadas para a viabilização não será possível garantir voto favorável.
A garantia do acesso a toda a informação relevante e de interesse na gestão da Junta de Freguesia; a realização de reuniões periódicas de acompanhamento e de diálogo institucional; a submissão à apreciação prévia da oposição, de matérias de maior impacto financeiro, social e estrutural; a incorporação de contributos e propostas da oposição nos Planos de Atividades e Orçamento garantias de gestão equilibrada, transparente e participativa; garantias no envio das convocatórias para as Assembleias de Freguesia, com os pontos da ordem de trabalhos e com a respetiva documentação de suporte; acabar com situações de assédio laboral identificadas na Junta de Freguesia de Aradas; a realização de Auditoria Externa e a entrega de documentos são temas abordados pela oposição como nucleares.
A estrutura socialista em concordância com a equipa da freguesia lembra que a autarca respondeu com a necessidade de retirada das cláusulas sobre a auditoria externa, o fim dos processos por assédio laboral e apresentação de documentação.
O PS diz que retirar esses pontos seria incumprir com os propósitos do mandato conferido pelos eleitores à oposição de fiscalizar a Junta.
“Se as condições referidas fossem retiradas do acordo para a viabilização do executivo proposto, a oposição não estaria a cumprir com o papel para o qual foi mandatada no dia 12 de outubro de 2025: trazer rigor e transparência à gestão da Junta de Freguesia de Aradas”.
Os casos que marcaram o mandato em Aradas como a inscrição da presidente da Junta de Freguesia de Aradas na ADSE; a sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro sobre entrega de documentos e o despedimento de duas trabalhadoras figuram como marcas da desconfiança instalada entre as forças políticas.
“Os resultados das eleições de 12 de outubro, dizem inequivocamente que a vontade do povo é a de que a sua ação seja escrutinada, acompanhada e fiscalizada. O seu discurso manipulatório e bacoco não intimida nem derruba os que se lhe opõem com rigor e com argumentos sólidos. Os manuais de manipulação que a Srª Presidente leu e põe em prática, nós também os lemos. Não para praticarmos a manipulação. Para a combatermos. A Sr.ª Presidente pode vitimizar-se à vontade. Não sentimos culpa. A sua falta de ética e de empatia não nos permitem vacilar. Aradas e os aradenses precisam e merecem uma oposição forte e combativa. Não abdicamos do nosso papel”.