Alberto Souto Miranda declara apoio a José Luís Carneiro na candidatura à liderança do PS.
O antigo secretário de Estado das Infraestruturas defende que o Partido Socialista precisa de uma liderança capaz de fomentar o diálogo interpartidário ao centro.
“A política portuguesa precisa de sentido de compromisso, diálogo interpartidário nas questões estruturais, capacidade para estabelecer pontes e consensos com os sociais-democratas do PSD e os democratas de todos os partidos, para reformar o Estado e requalificar a nossa democracia. Isso não se faz com estratégias e práticas de dividir o País entre esquerda e direita, como se tudo fosse bom à esquerda e tudo mau à direita. A vida é mais complexa. Portugal precisa de consensos, não precisa de tribalismos”.
Numa declaração publicada nas redes sociais, o antigo autarca de Aveiro procurou justificar o seu apoio com os valores de José Luís Carneiro por dar “voz ao PS social-democrata”, que defende um “Estado social sustentável e eficiente e que sabe que para isso é preciso ter contas públicas sólidas que o financiem e um tecido empresarial pujante”.
Souto diz que o PS não deve ser um partido “bloquista” e “trabalhista” que “divide os portugueses entre o povo trabalhador e os empresários, anatemiza a riqueza e alimenta velhas quimeras marxistas que a História há muito enterrou”.
Lembra Mário Soares para dizer que o PS “sempre foi um partido interclassista, europeísta, anti-totalitarista, e social-democrata”.
“José Luís Carneiro corporiza esse centro-esquerda moderado e abrangente, por oposição à ala esquerda radical e proclamatória, com bandeiras justas, mas práticas inconsequentes”.
O antigo Secretário de Estado que trabalho de perto com Pedro Nuno Santos afasta-se do estilo de governação do candidato oriundo do distrito de Aveiro.
“Em terceiro lugar, porque pude testemunhar a governação muito competente e responsável de José Luís Carneiro: privilegia a ponderação, a razoabilidade, o diálogo, a capacidade de reformismo consistente. A imagem que projecta do PS para o País é a da competência, sentido de responsabilidade e confiança. Portugal não precisa de aventureirismos, de ideologia serôdia, de ações imponderadas e voluntaristas. José Luís Carneiro será um reformista responsável. Por isso tudo apoio o José Luís Carneiro”.