A concelhia de Águeda do Partido Socialista não espera pelo desfecho do processo que opõe a empresa Socibeiral à Câmara de Águeda e pede a demissão de Jorge Almeida.
Em causa as acusações que visam o autarca por, alegadamente, ter “mentido” à Assembleia Municipal, onde afirmou, mais que uma vez que ninguém da autarquia conhecia ou tinha participado no processo de instalação da empresa de betão Socibeiral no Parque do Casarão.
A empresa desistiu do processo e interpôs uma ação de indemnização no valor de 750 mil euros contra a Câmara Municipal de Águeda alegando que trabalhou com indicações de Presidente e Vereador do Pelouro.
Alega que conheciam e acompanharam a instalação, com participação dos técnicos e meios da autarquia.
O PS, antiga família política de Jorge Almeida, vê neste processo um tema sensível para desgastar o autarca e reafirma que “quem mente reiteradamente, numa situação destas, pondo em causa os interesses do concelho, é capaz de tudo para manter o poder, não tendo condições éticas e sentido de responsabilidade para o exercício do cargo”.
Na nota divulgada esta segunda, o PS não ficou pelo pedido da “cabeça” do autarca e deu apoio às medidas de combate à Covid e apesar e contestar o que diz ser “a falta de transparência democrática do executivo, ao não fornecer aos vereadores do PS, a lista solicitada dos apoios consignados, despesas feitas, donativos recebidos, no âmbito da atual pandemia”, sugeriu reforço de meios financeiros e contratação de assistentes sociais, para reforço do quadro da autarquia.