O presidente da Câmara de Aveiro garante que não há riscos de incumprimento ou desequilibro financeiro para a autarquia com a contração de empréstimo bancário e vai mais longe deixando claro que, no passado, não foi pelos empréstimos associados ao investimento que a autarquia chegou a um quadro de rotura financeira.
No dia em que a assembleia aprovou os termos o acordo com o Montepio, para um empréstimo de 19.35 milhões, a 20 anos, com spread 0,239%, e perante os avisos da oposição para a prudência que o momento deveria merecer, o autarca tranquilizou os partidos.
Ribau Esteves garante que não foi no passado e não será pela atual operação que a autarquia vai voltar ao desequilíbrio financeiro (com áudio)
O empréstimo terá carência de dois anos, sem comissões associadas, e com taxa variável indexada à Euribor.
A operação foi aprovada, por maioria, com votos contra de PAN, PS e BE e abstenções do Chega e do PCP.
O Partido Socialista que já tinha pedido prudência na operação, devido à instabilidade internacional, reconhece que é difícil ter certezas quando ao melhor timing para formalizar o acordo e fazer avançar as obras.
Francisco Picado diz que, apesar de tudo, com o mercado de construção em saturação e sem capacidade de resposta, o adiamento poderia fazer sentido (com áudio).
PAN e BE foram os mais críticos desta operação.
Levantam questões como as prioridades, a sustentabilidade do estádio (uma das estruturas que vai receber investimento de manutenção), a política de investimento em equipamentos desportivos e reclamam "urgência" em setores como o da habitação e da mobilidade.
O BE levanta mesmo a dúvida sobre o destino a dar ao estádio por considerar que é sorvedouro de recursos.
Rui Faria foi ao histórico do processo de construção e custos de manutenção para levantar dúvidas sobre a sustentabilidade daquele equipamento (com áudio)
Para os centristas do PP o discurso do Bloco é “sal e açucar ao mesmo tempo”.
Concorda que o estádio está “sobredimensionado” mas serve um clube, seleções e eventos. E tem sido importante na dinamização económica regional.
“E os eventos internacionais proporcionaram atividade na cidade. Todos beneficiaram”, resume Jorge Greno que vê virtudes na construção de novo pavilhão e de um complexo de piscinas no mesmo local no futuro.