As estruturas que dão apoio técnico aos produtores agrícolas afirmam que ainda não está clara a estratégia para o setor florestal e admitem que pouco mudou depois dos incêndios que atingiram o centro do país em 2017.
A Quercus já tinha feito a denúncia e agora essa visão é também confirmada por técnicos que andam no terreno.
Mariana Ramos, engenheira agrónoma da Confederação Agricultores de Portugal, habituada a percorrer os distritos de Aveiro, Viseu, Coimbra e Guarda admite que onde arderam eucaliptos há eucaliptos a rebentar e poucas indicações sobre a organização do território (com áudio)
O associativismo no setor agrícola continua como aposta das organizações como a CAP que apoia os agricultores industriais mas a execução de fundos europeus registou alguns atrasos tal como noutros setores.
Um caminho fomentado pelos fundos europeus e que ainda não está concluído. Mariana Ramos explica que a medida nem sempre é exequível atendendo à dimensão do setor e à densidade de produtos mas defende que deve existir um esforço para concretizar estratégias concertadas.
Diz que a união de agricultores é uma aposta com méritos reconhecidos em diferentes pontos do país e com bons exemplos e que deve ser ainda mais fomentada (om áudio)
Na entrevista ao programa “Conversas”, a engenheira agrónoma que trabalhou na estratégia de desenvolvimento local de base comunitária, ao serviço da Associação Industrial do Distrito de Aveiro, falou da região de Aveiro como símbolo de diversidade ao nível dos produtos agrícolas.
Elogia a renovação de gerações e o surgimento de uma cultura de excelência que está cada vez mais presente em vários domínios e que é sublimada na produção de vinhos e espumantes (com áudio).
A entrevista ao "Conversas", às 19h desta quarta e às 11h de domingo, retrata um "Portugal agrícola com futuro" e a visão de uma jovem que frequentou o curso de arquitetura paisagista antes de se dedicar à agronomia por influência de professores na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.