O turismo de massas é “insustentável” e o futuro do turismo azul e inteligente passa por “não matar a galinha dos ovos de ouro”.
A mensagem foi deixada em Ílhavo no seminário “Desafios do Mar Português” que celebrou o Dia Mundial do Mar.
Álvaro Sardinha, do Centro de Competência Economia Azul, defendeu o conceito de turismo regenerador lembrando que 50% do turismo global passa por zonas costeiras e isso obriga a ecossistemas saudáveis.
Sardinha diz que o futuro do turismo não se pode medir pelos valores do PIB e os estudos conhecidos dizem-no de forma clara.
Inverter danos, parar de estragar, beneficiar comunidades e regiões e definir novos valores são obrigações em defesa do turismo azul (com áudio)
Estudos confirmam que o turismo é responsável por quase tantas emissões como o setor agrícola e que o turismo vulnerável às alterações climáticas pode estar a condenar-se a si próprio.
O encontro do Museu Marítimo de Ílhavo acentuou a aposta não no conceito mas na sustentabilidade como valor.
Eugénia Barroca, consultora da “Sustainable Ocean Alliance (SOA)” e cofundadora do “Ocean Hub Portugal”, lembra que há movimentos à escala internacional que estão a tentar definir linhas de orientação mas admite que os governos não andam ao ritmo desejado (com áudio)
A liderança dos jovens na restauração da saúde do oceano e a sensibilização da comunidade para os valores da economia azul foram temas em destaque no evento de Ílhavo.
Mariana Ramos, vereadora da autarquia, esteve na abertura do seminário “Desafios do Mar Português”, deixando claro que o Museu Marítimo posiciona-se para visitas mas também para mobilizar a comunidade para os valores da economia azul (com áudio)
O futuro do turismo nos “desafios do mar português”.