O Fórum Vê Portugal não passou ao lado da descentralização de competências e foi um dos temas falados no último dia de trabalhos na conversa sobre a realidade das Entidades Regionais de Turismo.
A colaboração entre as Entidades Regionais de Turismo, as autarquias e as Comunidades Intermunicipais foi um dos temas que marcou a tarde do segundo dia do Fórum Vê Portugal.Carlos Miguel, secretário de Estado das Autarquias Locais, falou da Lei-Quadro da Transferência de Competências para as Autarquias Locais e Entidades Intermunicipais.
O governante subiu ao palco do Cine-Teatro Avenida para explicar os pormenores do diploma, nomeadamente a nível do Turismo.
Carlos Miguel defendeu as virtudes da Lei-Quadro, que, no seu entender, permite estreitar a colaboração entre as entidades regionais do Turismo, as autarquias e as Comunidades Intermunicipais, aumentando a coesão nacional.
Outra das vantagens que elencou é a possibilidade que abre de estes organismos concorrerem diretamente a financiamentos europeus.
As dificuldades na estruturação de produtos turísticos que abarcam mais do que um território, ou os desafios que o futuro coloca às entidades, foram alguns dos temas centrais da conversa.Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo Português, salientou o facto de o Turismo “viver um momento desafiante”.
“Os últimos cinco anos foram muito bons. Portugal é o 14.º destino turístico mais competitivo do mundo, o que significa que está na Champions League. Acredito que ainda há condições para aumentarmos o crescimento de visitantes, em especial nas regiões de interior”, considerou.A mesa redonda entre os protagonistas das regiões de turismo do continente foi o momento para “dar as mãos”.
“Temos muito mais a unir-nos do que a separar-nos”, sublinhou Pedro Machado anfitrião do encontro enquanto dirigente do Turismo do Centro.
“Atingimos o mais volumoso número de inscrições de sempre deste evento. Este Vê Portugal é uma aposta ganha na indústria do turismo e constitui um marco no debate sobre o mercado interno. Além disso, reforçou os laços entre os agentes privados e públicos, por um lado, e entre territórios, por outro”.