A Composite Solutions acredita que a bóia dedicada à produção de energia no mar pode revolucionar a economia com a criação de um sistema mais ágil, de produção direta e com custos mais reduzidos.
Esta empresa incubada no CIEMar, de Ílhavo, está ligada ao processo de fabrico desenvolvido na empresa A Silva Matos. Procurou tornar a estrutura mais leve, mais resistente aos efeitos do mar e acredita ter encontrado o modelo para testes.
Ricardo Neta, engenheiro da Composite Solutions, assume o desafio como estimulante e acredita que a bóia apresentada, ontem, em cerimónia junto ao navio museu Santo André pode ser chave para dinamizar a produção de energia junto à linha de costa com cabos ligados a terra e injeção direta de energia na rede (com áudio).
Depois do embarque para a Suécia, a bóia será completada com tecnologia desenvolvida pelo grupo sueco Corpower que trabalha com empresas da região de Aveiro no fabrico da estrutura. Depois será testada em terra antes de ser colocada no mar da Escócia em testes de mar.
"Este equipamento vai para Suécia e estará 5 meses em acabamentos. Terá um teste em seco e quando tiver duas semanas de funcionamento em carga máxima irá ser colocado na água".
O protótipo apresentado pesa três toneladas, bem menos que as 11 que pesam estruturas anteriores. Um projeto que envolve empresas, investigadores e uma associação de investigação (Wavec Offshore Renewables).
"Os projetos anteriores assentavam em estrutura em aço e quisemos reduzir o peso para aumentar a rentabilidade. Esta bóia tem 11 metros de cumprimento e pesa 3 toneladas. No projeto inicial só na estrutura de fora, em aço, eram 11 toneladas".