A Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente recusa mecanismos discriminatórios no acesso a fundos europeus.
Reage à reprogramação do Plano Estratégico da PAC.
O Governo pretende promover o associativismo florestal, criando uma diferenciação no acesso aos fundos comunitários entre quem é sócio de uma associação de produtores florestais e quem não é.
Na análise das candidaturas, as que forem apresentadas por sócios das associações de produtores florestais terão mais pontuação, mesmo que apresentadas individualmente.
O ato de se tornar sócio numa associação de produtores florestais deixa, por isso, de ser um ato voluntário para quem quiser aceder aos fundos comunitários, já que com as poucas verbas aprovadas para o setor não restará certamente dinheiro para quem não for associado.
A ANEFA entende que não é assim que se promove o associativismo florestal, porque esta situação conduzirá a “inscrição nas associações de produtores apenas para terem o projeto aprovado”, sem o “objetivo comum que se espera do verdadeiro associativismo, ao mesmo tempo que deixa milhares de produtores florestais e empresas sem acesso aos fundos comunitários apenas porque não pretendem pertencer a uma associação de produtores florestais”.
“Defendemos o associativismo como forma corporativa na defesa de interesses comuns, defendemos o seu apoio, aliás como já tem vindo a ser feito pelos governos sucessivos, mas não podemos aceitar a criação de mecanismos de favorecimento direto das associações no acesso ao mercado em relação às empresas”.