Vítor Pereira Mendes venceu o primeiro prémio da 6ª edição do “Prémio de Estudos em Cultura do Mar - Octávio Lixa Filgueiras”.
Estiveram 10 obras a concurso numa iniciativa que distingue autores de dissertações académicas ou trabalhos de investigação realizados no âmbito da cultura marítima fluvial, nomeadamente nas áreas da História Marítima, Arquitetura Naval, Antropologia Marítima, Arqueologia Naval e Subaquática, Patrimónios Marítimos e Museologia.
“Arqueologia do Pau-de-pontos do Moliceiro de Aveiro”, da autoria de Vitor Mendes, foi o trabalho vencedor.
Natural de Lisboa, o investigador é licenciado em Antropologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Vive na Moita, e integra os quadros técnicos do Município da Moita, onde desenvolve trabalho no âmbito da história local e do património, em assuntos tão diversificados como o associativismo, tauromaquia, estudos sobre o republicanismo, a salicultura, a construção naval, a indústria têxtil, entre outros.
Tomou pela primeira vez contacto com a construção lagunar em 2008, através de carpinteiros pardilhoenses emigrados para Sarilhos Pequenos, Moita, onde ainda funciona um estaleiro naval, então na sequência de uma investigação sobre profissões tradicionais.
Colaborou na organização do livro Estaleiro Naval do Gaio, de 2010, e é o autor do livro Estaleiro Naval de Sarilhos Pequenos, de 2013, livro este que lhe permitiu uma melhor perceção da carpintaria lagunar.
Voltaria a reaproximar-se da temática marítima em 2019, aprofundando o olhar sobre as técnicas de construção naval tradicionais que ainda mantêm pontos de contacto com as técnicas de construção naval quinhentista: a cércea e o graminho, no caso do Tejo, e o pau-de-pontos, no caso do moliceiro de Aveiro.