A COMUR-Museu Municipal da Murtosa acolhe, este domingo, aabertura de uma exposição de cangas do conhecido artesão Murtoseiro Joaquim Ruivo. A abertura da mostra está marcada para este domingo, dia 13 de setembro, pelas 16H00.
A entrada é livre, sujeita ao cumprimentos das normas definidas pela Direção-Geral de Saúde, nomeadamente no que concerne ao uso obrigatório de máscara, lotação máxima do espaço, distanciamento social e higienização das mãos.
Joaquim Tavares dos Santos, mais conhecido por Joaquim Ruivo, nasceu na Freguesia do Bunheiro, Concelho da Murtosa, a 29 de julho de 1944. Reside no lugar do Agro, no Bunheiro.
A arte de fazer cangas, apreendeu-a bem cedo, por volta dos 14 ou 15 anos, com o seu pai, Joaquim Ferreira dos Santos, também conhecido por Joaquim Ruivo.
Aos 20 anos, como muitos da sua geração, decide embarcar para a pesca do Bacalhau. Deixada a faina, ainda trabalhou 2 anos nas bombas de gasolina da Varela até que, aos 28 anos, emigrou para o Luxemburgo, onde trabalhou numa carpintaria durante 5 anos.
O apelo da Terra Mãe e a ausência da família fazem-no regressar à Murtosa, para trabalhar na Agricultura, atividade que mantém até hoje, sempre em paralelo com a construção de cangas.
A canga é a peça de madeira que se coloca no cachaço dos animais para fazer a adaptação destes ao carro ou às alfaias agrícolas.
As cangas que na terra marinhoa se assumem como autênticas obras de arte, apresentam motivos florais ou outros, em baixo relevo, podendo ser pintadas, ou não, sendo encabeladas com tufos alternados de cabelo branco ou negro, de crinas ou rabos de cavalo.