O Movimento Juntos pelo Rossio revela ter recebido informação de resposta à denúncia feita à Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC), no passado dia 22 de Novembro, no âmbito das prospeções arqueológicas no Rossio.
A resposta chega com referência à interrupção dos trabalhos a 23 de Novembro para avaliar o cumprimento do caderno de encargos. Revela que faltam estudos de prospeção geofísica (sondagens arqueológicas) de forma a aferir a potência e estado de conservação dos níveis arqueológicos existentes e confirma que escavação dos níveis estratigráficos do espaço interior e exterior da estrutura da igreja, construída no Séc. XVII, feita à máquina, “deveriam ser realizados manualmente por decapagem sucessiva dos estratos artificiais presentes”.
Os trabalhos de escavação mecânica foram interrompidos devido à rotura de um cano de água que inundou o espaço de escavação e na altura surgiram protestos pela forma como estavam a decorrer os trabalhos com cratera e alagamento do espaço.
O surgimento de fragmentos de ossos humanos deveria ter levado à interrupção imediata dos trabalhos.
A DRCC requereu um relatório preliminar ao Arqueólogo responsável e após a análise do relatório irá tomar posição sobre a suspensão dos trabalhos. Entretanto a Direção Regional de Cultura iliba a autarquia e o gabinete ARX que tem em mãos o estudo base para o Rossio e que pediu o estudo arqueológico.
O Movimento não esconde surpresa pela tipologia da escavação e por alterações à metodologia aprovada no Plano de Trabalhos, a falta de acompanhamento técnico desta “prospeção” e quer saber quais as consequências para a ARX Portugal, responsável contratualmente com a CMA pela elaboração dos estudos arqueológicos, e "quais as medidas de minimização adicionais a serem efetuadas de forma a recuperar sumariamente eventuais contextos indevidamente intervencionados".
Foto: Diário de Aveiro