Ílhavo: "Temos que transmitir calma ao mercado" - João Semedo (CMI).

2023-05-06 09:41

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O debate da Assembleia Municipal de Ílhavo, sobre aquisição de imóveis para colocar no arrendamento, ficou marcado pela “entrada” do Chega, num discurso acusado por todas as bancadas de ser xenófobo, e acabou com a explicação da maioria sobre o carácter voluntário da operação.

A maioria diz que esta operação se faz num ambiente voluntário em que ninguém força ninguém.

João Semedo, vice presidente que gere este dossiê, acredita que a aquisição de habitações pode tornar-se um sinal ao mercado que vê já a entrar em fase de “arrefecimento” mas ainda sem reflexo nos preços.

O autarca fez a defesa da proposta que leva o Município a regulamentar essa operação de aquisição.

Diz que a autarquia não quer correr o risco de aquecer ainda mais o mercado nem entra como "agente imobiliário".

É uma das peças de uma estratégia traçada no campo da habitação e que vai passar pela capacidade de resposta em casos de urgência e no fomento da oferta noutros segmentos.

João Semedo diz que a dinâmica de construção do setor privado está em alta e que a oferta é expressiva.

"Não é só Aveiro. E não falo apenas das praias", disse João Semedo.

Da bancada que apoia a maioria, ouviu-se a voz de Mariana Lopes em defesa de um modelo que visa ações voluntárias ao contrário do arrendamento coercivo.

A vogal deixou claro que é importante envolver cidadãos na análise ao modelo até como forma se pode divulgar esse modelo (com áudio)

Luís Leitão, do PS, vê sinais positivos na abordagem da autarquia e personalizou no vice presidente as políticas de habitação.

"É uma boa solução. O comprador deve comprar a preço razoável, isento de especulação".

André Guimarães, do PSD, questionou as metas traçadas pela maioria na aquisição de propriedades.

Quer saber se há objetivos tangíveis no processo de aquisição.

"Qual a meta da Câmara para esta OPA?" atirou o deputado que não encontrou no protocolo com o IHRU dados sobre a iniciativa.

Margarida Alves reforça a mensagem e diz que esperava mais do que os 11 milhões anunciados para a Estratégia Local de Habitação.

João Campolargo responde que há valores de referência para as aquisições recusando entrar em ações especulativas.

O autarca de Ílhavo assume "ambição" para o setor da habitação e acredita que não será necessário endividar a autarquia para responder ao programa.

Reforça que este este é um tempo de urgência num município onde há "garagens transformadas em habitação".

"Temos tido pouco tempo para concretizar objetivos", resume Campolargo.