Apesar do avanço na oferta pública de aquisição de imóveis para implementação de projetos no âmbito do Programa de Apoio ao acesso à habitação, o Partido Socialista de Ílhavo entende que a medida fica ainda aquém do necessário e sugere como urgente a revisão da Estratégia Local de Habitação.
Sérgio Lopes, Vereador eleito pelo Partido Socialista, defendeu a “urgência” nos investimentos da Câmara de Ílhavo para facilitar o acesso a habitação digna no concelho.
O apelo foi feito na reunião de Câmara, da passada quinta-feira, na Gafanha do Carmo, a propósito da aprovação do processo de aquisição de imóveis prevista na Estratégia Local de Habitação, no âmbito do programa 1º Direito, aprovado há cerca de um ano.
Sérgio Lopes regista “atraso” na implementação do programa financiado pelo Instituto de Habitação e da Reabilitação Urbana, destinado a garantir habitação digna a cerca de cento e vinte agregados familiares com carências socioeconómicas.
As carências alargam-se a famílias da classe média, “inelegíveis para aquele apoio de cariz social, que têm dificuldade em encontrar habitação adequada às suas necessidades e aos seus rendimentos”.
O PS sublinha que a resposta a essas necessidades vai depender de uma revisão “urgente da Estratégia Local de Habitação, prometida pela maioria UPF há um ano e, do que é público, não se conhece iniciativa nesse sentido”.
O Vereador do PS alerta para a existência de “inúmeras oportunidades de financiamento disponíveis”, apelando à mobilização da “necessária vontade política por parte da maioria para acudir às dificuldades das classes médias que esbarram num mercado de arrendamento congelado e num mercado de compra e venda de habitação a preços cada vez menos acessíveis”.
Sérgio Lopes defendeu, entre outras, medidas de incentivo à reabilitação de imóveis destinados a programas de arrendamento acessível, parcerias com investidores privados para a edificação de habitação a custos controlados, incentivos fiscais para jovens, simplificação de procedimentos de licenciamento, como instrumentos de regulação do mercado local de Habitação.
Nota atrasos e falta de “resposta prática” com efeitos negativos no acesso a habitação digna por parte de cada vez mais agregados familiares.
“É, portanto, urgente recuperar a Câmara do seu atraso no que diz respeito a políticas municipais de Habitação”.