A proposta de Tarifários de Resíduos Urbanos da Câmara de Ílhavo para 2023 foi chumbada por PSD e PS.
Os vereadores da oposição não concordam com a subida apresentada pela maioria, ao abrigo das diretivas da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos.
Depois de um ano de avisos sobre a subida da Taxa de Gestão de Resíduos e da tarifa regulada, a autarquia apresentou, esta manhã, uma proposta de atualização com agravamento de valores acima da taxa de inflação.
Os avisos sobre a necessidade de reduzir a produção de lixo têm sido permanentes atendendo ao agravamento de taxas.
No ano passado as tarifas subiram 0,8% e a TGR 8%, apesar do aumento do custo com o sistema acima dos 26%.
A autarquia resolveu amortecer esses aumentos.
Em 2022 investiu cerca de 1,1 milhões de euros para lá do valor da tarifa suportada pelos munícipes num total de 2,9 milhões de euros de custo do sistema.
A evolução decorre do aumento dos preços até 2025 com a passagem da taxa aplicada às operações de eliminação dos resíduos não separados de 22 para 35 euros.
Com o aumento proposto para 2023 a taxa fixa iria sofrer subida de 35% e a variável 17%.
No ano passado as tarifas sofreram atualização mas em valores mais contidos apesar do aumento do custo com o sistema acima dos 26%.
PSD e PS chumbaram a proposta por considerarem que se trata de uma subida violenta, em ano de crise inflacionista, e que os cidadão são penalizados quando no ano passado a subida foi mais contida.
Nas propostas para 2023, a tarifa fixa teria uma subida de 35% e a variável, em função do consumo de água, também de 35%.
Acresce a Taxa de Gestão de Resíduos, em função do consumo da água, com subida de 17%.
Os partidos da oposição recordam que esse aumento do custo do sistema para a autarquia, em 2023, será de 4,62% e que no ano passado foi de 26,07% sem repercussões tão elevadas para os cidadãos uma vez que foi a Câmara Municipal a suportar parte do aumento.
A autarquia que pretende reforçar a aposta na diminuição de custos em aterro está, agora, “presa” entre o orçamento que prevê receitas decorrentes da proposta chumbada, as imposições da ERSAR e o chumbo da oposição.
João Campolargo prepara-se para explicar, esta sexta, os contornos desta questão que representa o primeiro embate político com a oposição naquele que é o primeiro chumbo de PSD e PS em executivo de maioria Unir para Fazer mas sem os votos suficientes para aprovar a sua proposta.