A primeira reunião da Assembleia Municipal de Ílhavo em 2024 acentua as divisões entre maioria independente e órgão de fiscalização.
Sem maioria e com os discursos cada vez mais inflamados, João Campolargo acusou a mesa de prejudicar a Câmara.
A suspensão dos trabalhos, à meia noite e meia, sem que tivesse sido antecipado o debate sobre as contas e a integração do saldo, levou Campolargo a dirigir críticas à forma como a mesa liderada por Paulo Pinto Santos gere os trabalhos.
O autarca teria pedido essa antecipação por não poder participar nos trabalhos na próxima semana.
Esgotado o debate sobre a atividade municipal e com o adiantado da hora, Campolargo mostrou desagrado pela forma como a Assembleia foi conduzida.
E ameaçou deixar de responder aos deputados (com áudio)
O presidente da Assembleia não gostou e respondeu com a necessidade dos órgãos respeitarem a respetiva autonomia.
E advertiu Campolargo para a exigência de responder às questões dos deputados municipais.
Foi um final que deixou a nu posições cada vez mais extremadas (com áudio)
Este não foi o único momento quente da sessão.
A Assembleia Municipal fica, ainda, marcada por uma troca de palavras entre o autarca de freguesia da Gafanha da Nazaré e o presidente da Câmara.
Carlos Rocha acusou a maioria independente de discriminar a Junta que lidera.
Enumerou diferentes eventos em que ou ficou sem convite ou recebeu convite à última hora.
E diz que em fim de semana de torneio de basquetebol na Gafanha da Nazaré, houve tentativas de afastar a Junta do evento (com áudio).
João Campolargo diz que as queixas do autarca deveriam ficar na esfera das relações entre organismos.
Pediu recato para poder gerir as tensões que têm marcado a relação entre ambos.