O PS contesta a compra de um pavilhão industrial pela Câmara de Estarreja e pede que essa posição seja remetida para a Assembleia Municipal, para ser junta à documentação da próxima reunião marcada para 14 de Novembro de 2022 e que acompanhe o processo a ser enviado ao Tribunal de Contas.
Na reunião de início de mês, o Executivo, da Coligação PSD/CDS, aprovou a compra do pavilhão, conhecido por “Carlos Santos”, por 950 mil euros, a uma empresa designada por “MIZRAHI – Investimentos Portugal, Lda”, cujos sócios, gerentes e beneficiários efetivos têm nacionalidade turca.O PS diz ter sido “apanhado de surpresa” e na votação dois vereadores da oposição votaram contra e um absteve-se.
Consideram que se trata de um “péssimo negócio”.
A autarquia apresenta informação em que afirma a necessidade de um pavilhão de 2 mil metros quadrados para acomodar um novo armazém municipal e os serviços ora instalados na Fontinha, numa operação acima dos 2 milhões de euros.
“Com esta argumentação, parece que pagar quase 1 milhão de euros por um armazém, vandalizado, que está à venda há anos e em que é preciso fazer obras de vulto, é um negócio da China. Mas não é. Está muito longe de o ser”, dizem os vereadores do PS que citam o relatório da comissão de avaliação que escreve sobre a “significativa depreciação física e funcional do imóvel” a exigir “forte investimento”.
O PS diz ter feito consultas que apontam para “preço excessivo do pavilhão” e ressalva que deveriam ter sido equacionadas outras soluções.
“Tendo em conta que, tanto os terrenos do antigo matadouro, como os do Ecoparque, são propriedade do município, a construção em qualquer um destes locais, ficaria por quase metade do preço, o que é uma significativa poupança”.