O Núcleo Regional de Aveiro da Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA) agradece a colaboração da Misericórdia e teme que a posição assumida de terminar a relação com a ASPEA possa estar relacionada com pressões políticas.

Reação à posição da Santa Casa que assumiu o “corte” depois de ter registado “quebra de confiança” assim que foi notificada pelo Tribunal no âmbito de um processo de uma providência cautelar que pede a suspensão dos pagamentos da autarquia a associações do Município.

Joaquim Pinto (na foto) reage à posição da equipa de Lacerda Pais com o agradecimento e a história comum na “Quinta Ecológica da Moita” que decorreu da parceria entre a ASPEA e a SCMA.

Afirma surpresa pelo corte por ter sentido apoio até há poucos dias. Admite, por isso, um quadro de pressões.

“Da parte da ASPEA nada fazia esperar esta situação, quando tivemos, há uma semana, uma reunião com o sr. Provedor, o sr. presidente do conselho fiscal e dois diretores da SCMA, para podermos definir algumas regras de comunicação conjunta e articulação no plano de ação para 2020/2021. No entanto compreendemos as pressões a que os membros da Mesa da SCMA e outros órgãos sociais poderão ter estado sujeitos para tal desfecho, sendo que esta situação em nada altera as boas relações pessoais e o reconhecimento de todas as pessoas que por bem fizeram parte do projeto de trabalho durante estes 7 anos de parceria”.

A Direção da ASPEA afirma-se “disponível” para voltar a colaborar no futuro em possíveis formas de parceria com a SCMA que valorizem o seu trabalho de Educação Ambiental no município.

Sobre a providência cautelar, a ASPEA esclarece que “reconhece como importante e urgente o apoio às associações sendo que considera nunca poderão estar em causa os devidos cofinanciamentos dos projetos e programas, tão necessários em tempo de crise pandémica associada a outras crises ambiental, social e económica”.

Na análise ao conflito, a ASPEA vai mais longe e considera que Ribau Esteves está a “espalhar o medo” em torno dos financiamentos quando a autarquia tem mecanismos para fazer chegar os apoios necessários no combate à pandemia.

“A ASPEA deixa uma palavra de apreço por todas as associações e reafirma que existem mecanismos por parte da Câmara Municipal de Aveiro para rapidamente poder distribuir, de forma justa, equitativa e transparente todos os valores que atribuiu às associações