A Oli vai produzir viseiras e suportes para Itália e a fábrica de moldes esperar uma produção global destas peças para servir profissionais de saúde na região e no país.
António Oliveira, administrador da OLI, assume em entrevista ao programa da Manhã, na Terra Nova, que o desafio para a produção de suportes de viseiras partiu de uma start-utp do IST e de um Instituto da Faculdade de Engenharia do Porto.
A empresa começou a produzir na sexta e já fez as primeiras entregas.
“Esta máquina com este molde está sempre a trabalhar. Pensamos já num segundo molde para responder aos pedidos dos nossos sócios italianos. E também por outras sociedades do grupo. Fizemos parcerias para dentro de 8 dias começarmos a fornecer viseiras completas”.
António Oliveira fala de uma mensagem de “calma e otimismo” à equipa e admite que apesar do cansaço o desafio permitiu recarregar baterias.
“As pessoas estão cansadas mas esta oportunidade veio dar novo ânimo. As pessoas disponibilizaram-se com empenho e energia nova. A todos agradeço o empenho”.
O empresário de Aveiro, conhecido por liderar uma empresa de referência no mercado internacional na área dos autoclismos, afirma que vive um tempo novo com readaptação de produtos.
“É uma coisa inimaginável. Há um mês não pensei que pudéssemos cair numa situação destas. É inesperado e inimaginável”.
No universo Oli há 400 trabalhadores e a experiência italiana orientou os comportamentos internos nos primeiros tempos de pandemia.
“Temos 400 trabalhadores e a primeira preocupação é com a saúde das pessoas. Estabelecemos logo um plano de contingência. Tínhamos informações de sócios italianos que estavam à frente nesta situação e nos deram instruções. Esse plano proibia reuniões e deslocações. Antecipamos um pouco o que veio a seguir”.
Numa mensagem emocionada, o empresário deixou palavras de incentivo.
“A vida é feita de altos e baixos. Nos altos ganhamos energia para suportar os baixos. E precisamos de uma dose de otimismo. Estes escolhos tornam-nos mais fortes e permitem olhar para o mundo de forma mais realista. O futuro vai ser sempre melhor. O aspeto mais positivo é a solidariedade. Tenho a certeza absoluta que seremos melhores pessoas no futuro”.