Biocombustíveis – Será que podem substituir a gasolina e o gasóleo?

Os combustíveis fósseis são atualmente a principal fonte energética na Europa, principalmente o petróleo e gás natural vindos da Rússia. Por tudo isto, é urgente a União Europeia acelerar a concretização da transição energética e o investimento nas energias renováveis é a principal estratégia para o conseguir.
Hoje tentamos responder a uma questão que é dúvida ainda para muitos. Serão os biocombustíveis uma alternativa sustentável à transição energética na mobilidade urbana? É verdade que os biocombustíveis produzem menos 84% de gases com efeito de estufa do que os fósseis, e menos 67% do que os veículos elétricos convencionais, considerando a origem da eletricidade que os alimenta. Outra potencial vantagem da utilização de biocombustíveis é que não é necessário comprar novos veículos, nem são necessárias novas infraestruturas, pois podem ser utilizados nos motores de combustão tradicionais e as refinarias podem ser transformadas para a produção de biocombustíveis avançados. Atualmente, o gasóleo tem 7% de biocombustíveis e a gasolina 5%, mas esta % poderá também ser ainda maior e no gasóleo chegar aos 100%.
Os biocombustíveis permitem produzir energia renovável limpa líquida a partir do que podemos considerar lixo que normalmente vai para aterros. Desta forma, a utilização dos biocombustíveis pode promover a economia circular, ao transformar resíduos, que acabariam em aterros ou no oceano, em energia. No entanto, a maioria desses combustíveis é produzida a partir de óleos vegetais, como óleo de palma e de soja, entre outros.
Portugal tem já as infraestruturas, logística e o conhecimento para liderar a transformação da mobilidade sendo necessário investir principalmente no desenvolvimento de biocombustíveis avançados para poder liderar a transformação da mobilidade na nova era energética europeia.
Diana Patoilo
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Episódios
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ImagemQueixa no Tribunal Europeu30.10.2023Ouvir
Sabia que seis jovens portugueses que estão a acusar 32 Estados de não fazerem o suficiente em matéria de acção climática? Em 2020, Sofia, Martim, André, Cláudia, Catarina e Mariana, na sequência dos incêndios de 2017, que provocaram a morte de mais de 100 pessoas, apresentaram, em 2020, no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos uma queixa contra Portugal e mais 32 países Europeus por estes não fazerem o suficiente para combaterem as alterações climáticas, pondo em causa os seus direitos humanos.
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ImagemOutras formas de luta pela ação climática23.10.2023Ouvir
O cenário pode ser deprimente. Mas a boa notícia é que ainda há muitas coisas que podemos fazer como indivíduos para mudar essa narrativa. Como indivíduos, devemos mudar o modo como consumimos e pressionar quem nos representa para conseguirmos rapidamente um mundo com baixo nível de carbono”. E como nunca é demais lembrar que há pequenas ações que podemos fazer todos os dias para ajudarmos na solução para a crise climática, aqui ficam elas:
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ImagemProjeto ALICE16.10.2023Ouvir
Dado que o tema deste mês desta nossa rubrica é luta pela ação climática, teriamos que falar obrigatoriamente de Justiça Ambiental.
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ImagemConhecimento pelo clima!09.10.2023Ouvir
Nos últimos dias temos assistido a vários protestos por parte de ativistas preocupados com as alterações climáticas. A maior parte destas ações são levadas a cabo por grupos de jovens que vêem o seu futuro hipotecado, e têm como alvo órgãos governamentais ou empresas, quase sempre à frente de uma câmara de televisão. Estes protestos não deixam de demonstrar bem a importância da segurança ambiental, e sobretudo como a falta dela nos pode provocar ansiedade.
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ImagemConvidar escolas a participar neste "Ambiente num minuto"02.10.2023Ouvir
És aluno de uma escola da região de Aveiro? Sim? Então, sabias que o próximo “Ambiente num minuto” poderá ser gravado por ti?
É verdade, neste próximo ano letivo que começa esta rubrica da Radio Terranova em colaboração com o Departamento de Ambiente e Ordenamento da UA vai desafiar as escolas e os seus alunos a criarem conteúdos e gravarem estes minutos sobre o ambiente.
E o tema pode ser proposto e escrito por vós?
Claro que ele será revisto pelos investigadores do DAO, mas sempre numa perspetiva de colaboração e melhoria.
Que achas deste desafio?