Universidade Católica Portuguesa e Universidade de Aveiro apresentam, hoje, o projeto “GreAT”.
Trata-se de um projeto de investigação, desenvolvido por investigadores das duas Universidades com recurso à utilização de biomassa granular de microalgas e bactérias para o tratamento de efluentes gerados na aquicultura.
Os resultados do projeto vão ser apresentados num evento online, aberto à comunidade, que se realiza esta terça-feira, dia 31 de maio, às 14h15.
“O desenvolvimento de uma economia azul sustentável permite combater as alterações climáticas, recuperar a biodiversidade e utilizar os recursos marinhos de uma forma mais responsável,” salienta Paula Castro, investigadora do Centro de Biotecnologia e Química Fina da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica.
Seguindo diretrizes da Comissão Europeia para promover um mar mais limpo, as indústrias costeiras estão a adotar processos mais sustentáveis que assentam no desenvolvimento de tecnologias inovadoras e o projeto procura responder a este tipo de abordagem.
“Através do projeto GReAT, que decorreu entre 2018 e 2022, desenvolvemos processos de biomassa granular composta por microalgas e bactérias que revelaram ser uma solução eficiente para o tratamento de efluentes de aquicultura marinha”, explica Catarina Amorim, investigadora do Centro de Biotecnologia e Química Fina da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica.
“Os efluentes produzidos por estes sistemas possuíam qualidade suficiente para serem reutilizados, permitindo a redução dos recursos hídricos necessários para produção, um fator importante perante a crescente escassez de água no planeta”.
“A eficiência dos sistemas de tratamento de águas residuais no setor da aquacultura marinha é de extrema importância para a proteção do meio ambiente, especialmente para minimizar o impacto destes nos ecossistemas aquáticos onde são descarregados,” esclarece Paula Castro.
O projeto permitiu descobrir que “o uso de sistemas granulares por si só permite uma maior eficiência energética, mas ao usar uma biomassa multitrófica, a simbiose estabelecida entre bactérias e microalgas pode diminuir a libertação de gases com efeito de estufa e também promover a produção de efluentes com níveis superiores de oxigénio, reduzindo assim a necessidade de oxigenação para a sua recirculação nos tanques de aquicultura,” conclui Catarina Amorim.
Os principais resultados do projeto GreAT, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, que envolveu investigadores do Centro de Biotecnologia e Química Fina da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro, são apresentados esta terça, 31 de maio, a partir das 14h15, num evento online aberto à comunidade.