Na sequência da 'carta aberta' da artista Jacinta, em que revelou desagrado pela forma como o processo do seu doutoramento foi gerido na Universidade de Aveiro (UA), a Reitoria, em comunicado enviado à Redacção Terra Nova, salienta que "todos os programas doutorais da UA estão sujeitos a um modelo de controle de qualidade e possuem o seu funcionamento formalmente acreditado nos devidos termos legais".
Adicionalmente, "as decisões inerentes a cada programa doutoral (e consequentes processos individuais de estudantes) estão longe de serem passíveis de se perspetivar como 'autocráticas'. Tais decisões estão sim sujeitas a um fluxo de aprovação por parte de diversos órgãos desta Universidade onde a pluralidade de opinião e diversidade de áreas científicas constitui um fator de relevo", é vincado.
Em particular, "tais decisões estão sujeitas à verificação de um conjunto mínimo de requisitos, a satisfazer por parte dos candidatos, designadamente aquando da consideração de proposta de entrada (ou 'transição') para cada programa doutoral".
Para a UA "os processos de solicitação de 'transição' de programas doutorais necessitam de consequente aprovação em diversos daqueles órgãos da UA, dos quais destacamos, a título de exemplo, a Escola Doutoral da UA e o Conselho Científico da UA. Foi neste âmbito que o processo inerente à antiga aluna de doutoramento da UA, Maria Jacinta Bola Ramos, foi considerado e não obteve anuência para a requerida transição do Programa Doutoral em Música para o Programa Doutoral em Estudos Culturais".