Numa cerimónia que decorreu no Pavilhão das Galeotas, no Museu da Marinha, em Lisboa, a Nobre Casa de Cidadania homenageou nove cidadãos com o título de "Cidadão Nobre”. Ao atribuir a mais alta distinção a estes cidadãos, a Nobre Casa de Cidadania reconhece em cada uma destas pessoas os valores 'Nobre Casa de Cidadania: Cidadania, Cooperação, Ética, Responsabilidade'. Após terem sido numa primeira fase agraciados com Louvor Nobre Casa de Cidadania, os feitos dos cidadãos em baixo apresentados foram analisados pela Comissão de Honra da Nobre Casa de Cidadania, que decidiu atribuir a cada indivíduo o título máximo.
Ao serem reconhecidos com o título de “Cidadão Nobre” e uma vez assinado o Compromisso de Honra, estes embaixadores da Cidadania comprometem-se a honrar a distinção que recebem, "agindo de acordo com os valores definidos pela Nobre Casa de Cidadania".
Receberam o Título de Cidadão Nobre os seguintes cidadãos:
Carlos Pereira
(…) pela autoria do Ato Nobre de ter evitado que uma criança de três anos morresse afogada num lago abandonado, coberto de folhas, limos e algas verdes, que o confundiam com a vegetação circundante, na ilha de S. Jorge, nos Açores. O Ato Nobre decorreu no dia 24 de julho de 2010 e demonstra coragem e abnegação.
Carolina Alves
(…) pela autoria do Ato Nobre de proporcionar melhores condições de vida a pessoas sem-abrigo da cidade de Lisboa, através de visitas quinzenais, nas quais presta cuidados de saúde e apoio social. Uma atividade que desenvolve na qualidade de voluntária da “Associação Vox Lisboa” e que demonstra o seu compromisso com a comunidade e o bem-estar do próximo.
Carolina Alves é ainda homenageada por apoiar crianças órfãs de pais infetados com o vírus da SIDA, através da ONG “Eu e os meus irmãos”. Para isso, proporciona-lhes alimentação, cuidados de saúde e vestuário, através de processos de apadrinhamento, ao mesmo tempo que as incentiva a frequentar a escola e a abraçar iniciativas que reduzam a sua dependência financeira.
Diana Vasconcelos
(…) pela autoria do Ato Nobre de lutar pela dignidade de centenas de crianças residentes na maior favela do mundo, Kibera, Quénia, que vivem em extrema precariedade, sem habitações dignas e sem condições de higiene. Fá-lo na qualidade de fundadora da ONG “Há ir e Voltar”, que promove o apadrinhamento de crianças, no sentido de lhes proporcionar refeições nutritivas e todo o material escolar de que precisam. Um Ato Nobre que demonstra desprendimento, humanismo e generosidade.
Helena Pereira
(…) pela autoria do Ato Nobre de promover a integração na sociedade de pessoas em risco, como pessoas sem-abrigo, trabalhadoras do sexo e crianças desfavorecidas, facilitando-lhes o acesso a alimentação e vestuário. Proporciona-lhes ainda formação e acesso a atividades lúdicas, muito úteis para o regresso à vida ativa. Uma atividade que desenvolve na qualidade de Presidente da “Associação Integrar” e que demonstra humanismo e dedicação cívica.
Isaura Campos
(…) pela autoria do Ato Nobre de se dedicar, voluntariamente, a dar aulas de língua inglesa e pintura em universidades séniores e no seu atelier. Desta forma, prossegue a missão de transmitir conhecimento, à qual dedicou a sua carreira e da qual já se aposentou, ao mesmo tempo que capacita outros cidadãos aposentados, contribuindo assim para o seu bem-estar.
Maria Correia
(…) pela autoria do Ato Nobre de ter salvo uma criança que se encontrava em risco de morrer afogada, no agitado mar da Praia da Memória, em Leça da Palmeira. Um Ato Nobre que demonstra a coragem e abnegação desta cidadã que colocou a sua própria vida em risco para salvar outra.
Olga Ferreira
(…) pela autoria do Ato Nobre de ter mobilizado esforços para devolver o sorriso a 400 crianças, residentes na Vila de Macia, em Moçambique, após as cheias que assolaram o país, em 2013. Para isso, contribuiu para que se erguesse uma escola e fossem doadas quatro toneladas de comida, roupa, brinquedos e material escolar, que contribuíram para a melhoria das condições de vida da comunidade.
Ricardo Tavares
(…) pela autoria do Ato Nobre de ter salvo uma vida humana, no dia 28 de julho de 2015, retirando das águas da Ria de Aveiro um homem que se encontrava a afogar. Um ato que demonstra coragem e abnegação.
Rita Pocinho
(…) pela autoria do Ato Nobre de prestar apoio psicológico e médico, de forma voluntária, a pessoas sem-abrigo da cidade de Lisboa, estabelecendo com elas relações de confiança e proximidade. Uma atividade que desenvolve na qualidade de voluntária da “Associação Vox Lisboa” e que demonstra um forte sentido de cidadania e altruísmo.