As Mulheres Socialistas da Federação de Aveiro, Estruturas Federativa e das Concelhias, reuniram, no dia 3 de abril, por videoconferência, para analisarem o impacto das medidas de contenção do covid19 na vida das pessoas do distrito.
Nas conclusões ficam elogios ao papel do Governo e do poder local na gestão da crise sanitária e no apoio às comunidades e dos profissionais de saúde que estão no “olho o furacão” a cuidar dos cidadãos.
“Reconhecer o trabalho dos profissionais de saúde e de todos os outros que estão na linha da frente a garantir as atividades essenciais do Estado designadamente, de segurança e educação, bem como daqueles que asseguram os bens essenciais tais como alimentação, higienização dos espaços públicos, comunicação/ informação e de cultura”.
Para quem tem atividade suspensa ou condições precárias a estrutura federativa pede um olhar especial e medidas especiais também para lares.
E admite mesmo que nada será como dantes na gestão desta faixa etária.
“Olhar para a situação de vulnerabilidade dos lares de idosos que nos alerta para a necessidade urgente de repensá-los, nos pós-crise, numa perspetiva de apoio a medidas de envelhecimento ativo”.
No caso das famílias de risco e da violência doméstica saúda a criação de 100 novos lugares em casas de abrigo e lançamento de novas linhas de apoio à distância. E pede novas formas de acompanhamento.
“Procurar formas alternativas e criativas para fazer face à falta de acompanhamento destas crianças como consequência do seu distanciamento devido ao ensino à distância. Devemos estar particularmente atentas ao agravamento das desigualdades sociais provocadas pelas desigualdades de acesso aos meios eletrónicos”.
Uma das preocupações diz respeito ao regresso do país à normalidade para evitar abusos.
Rosa Venâncio, Presidente da Estrutura Federativa das Mulheres Socialistas- Igualdades e Direitos de Aveiro, pede equilíbrio nas medidas de resposta.
“Retomar do Estado de Direito, assegurando que não haverá retrocessos, nomeadamente, no combate a quaisquer tipos de desigualdades e direitos. Torna-se premente continuar a reflexão sobre o equilíbrio das medidas que serão tomadas após pandemia nomeadamente ao nível da economia, e as de retoma de uma cultura de direitos”.