A Covid19 está a deixar marcas no setor industrial com tensões acumuladas, perda de rendimento e incerteza quanto ao futuro.
Na Renault, em lay-off até 30 de Abril, há trabalhadores já a ser chamados a regressar ao trabalho mas a Comissão de Trabalhadores diz que não tem acesso a dados oficiais.
“Foi-nos dito que iriam 100 trabalhadores trabalhar para acompanhar o novo projeto de uma caixa e na segunda semana já são 115. Mas não temos acesso a documentação oficial sobre quem está em lay-off, quem vai trabalhar e quem está em teletrabalho. Já desencadeamos mecanismos legais para formalizar queixa da empresa para ver cumpridos esses direitos”, disse fonte da CT.
Sem informação oficial e com regresso gradual ao trabalho, a CT adianta que está a confirmar-se o que temia do quadro de lay-off (com áudio).
“O que estão a fazer é falar com pessoas para ir trabalhar. Alguns já para amanhã. Uma confusão tremenda. Há aqui um abuso deste regime do lay-off. Estão a fazer lay-off à medida deles. As instituições competentes depois darão uma resposta”.
Os representantes dos trabalhadores falam de clima de revolta mas sem mecanismos para poder agir na “rua”.
“Eu estou privado da minha liberdade enquanto membro de comissão de trabalhadores. Neste momento estão proibidas as greves mas a malta está muito revoltada com a atitude da empresa. Isto representa uma perda para os trabalhadores no seu rendimento”.