A Quercus lança apelo à participação dos cidadãos nos projetos do Orçamento Participativo Portugal.
As pessoas, maiores de 18 anos, decidem como investir 5 milhões de euros, que é o orçamento do OPP, a distribuir de igual forma por projetos regionais e nacionais, por diferentes regiões de Portugal.
Cada cidadão dispõe de dois votos, um para o melhor projeto regional e um para aquele que considere ser o mais importante projeto nacional. Este ano, em termos nacionais, foram apresentados 18 projetos na área do ambiente e 22 na área da agricultura e florestas.
Na região de Aveiro, um dos projetos regionais aosta na aquisição de uma máquina para trabalhar em área florestal.
É proposto por Ana Matias, ex-comandante dos Bombeiros Voluntários de Anadia e responsável da Proteção Civil de Coimbra; Rosa Pinho, bióloga, investigadora no Departamento de Biologia e curadora do Herbário da Universidade de Aveiro; Luís Sarabando, engenheiro florestal e coordenador da Associação Florestal do Baixo Vouga e Paulo Domingues, membro de várias associações da área do ambiente e responsável pelo Projeto Cabeço Santo.
Aposta na aquisição de um equipamento que não existe ainda em Portugal, uma máquina complexa que vai melhorar a capacidade de intervenção nas várias ações de recuperação da floresta autóctone que decorrem desde a Serra da Freita à Serra do Bussaco.
“São ações de recuperação que visam não só a salvaguarda de ecossistemas ameaçados por inúmeras razões, mas também a existência de manchas florestais mais resistentes aos fogos e que sirvam de barreiras naturais vivas ao seu avanço descontrolado”, refere a Quercus.
A Quercus admite que a questão dos incêndios pesa nesta valorização. “Dizer mal e criticar as políticas é fácil. Mas neste caso ainda é mais fácil fazer algo para que os trágicos fogos de 2017 não se repitam. Basta agarrar já no seu telemóvel e votar. O ambiente agradece”.