O Presidente da Direção da Associação Pró-Maior - Segurança dos Homens do Mar (APMSHM), defendeu em Aveiro mais formação profissional "prática", na área da segurança marítima, no local de desempenho da atividade profissional. José Festas defende que esse é uma obrigação mas fala ainda da importância de ser coerente e prático nas exigências colocadas aos armadores e pescadores. Lembra que há obrigações que um homem do mar continua sem entender lamentando que muitas vezes tudo se resuma às coimas (com áudio).
O Presidente da Direção da Associação Pró-Maior falou no Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração num seminário sobre 'Sinistralidade e Segurança Marítima' e salientou a relação próxima com os comandantes das capitanias como fator que pode ajudar a potenciar a criação de condições de segurança. “Um capitão do Porto quando não me atende na hora passado uns minutos responde. Quero dizer com isto que todos têm respeito pela Pró Maior. Estamos do lado da solução e não do lado do problema”.
O encontro de Aveiro fica marcado por declarações sobre as medidas que a Autoridade para as Condições do Trabalho irá tomar em torno da fiscalização das condições de segurança. Haverá vigilância mais apertada e menos tolerância. Entre os oradores e público ficaram apelos à utilização de mecanismos como os coletes.
“Defendo o usos dos coletes. Nós somos mesquinhos. Só copiamos as coisas más. Os espanhóis usam coletes insufláveis e capacete na cabeça. Não compreendo a relutância no uso de coletes insufláveis”, disse Manuel Marques.
Outro dos apelos foi feito ao rejuvenescimento da classe de pescadores. O envelhecimento da população marítima é fator de preocupação. “É minha convicção que teremos melhores resultados se conseguirmos baixar a idade média dos nossos pescadores. Em vez de criarmos oportunidades no início de carreira, criamos dificuldades. Há jovens que acederam à cédula marítima via For-Mar e desafio a que me digam quantos jovens estão no mar. É um insucesso absoluto”
Em dia de tomada de posse de novo governo, José Festas deixou ainda um recado aos novos governantes para que ouçam o que os homens do mar têm para dizer. “Quem quer que esteja no Governo que se lembre dos pescadores