A Cimpor sai ilesa do processo contra-ordenacional sobre a movimentação de petcoke no Porto de Aveiro. As ações mitigadoras assumidas pela cimenteira terão garantido esse desfecho. A empresa salienta que, "após avaliação por parte das autoridades competentes, foi confirmado que a movimentação deste combustível é feito de acordo com os trâmites legais, tendo sido arquivado o processo contra-ordenacional".
A acusação falava de armazenamento e expedição de petcoque sem licenciamento e avaliação do impacto ambiental e com a conivência das autoridades ambientais. "É incompreensível como há três anos pode estar a operar. No fundo, há laxismo de várias autoridades, desde o Ministério do Ambiente, passando pela administração do Porto de Aveiro e pelas autoridades judiciais, que não estão a cumprir o que a lei diz que deviam fazer", referiu à Lusa o presidente da associação ambientalista, João Branco.
A Cimpor esclareceu que o processo de contraordenação foi arquivado e que "implementou, de forma proactiva e em estreita colaboração com os representantes locais da população, uma estratégia reconhecida por todos os envolvidos como bem sucedida com vista à minimização dos impactos ambientais decorrentes desta operação".
Já o presidente da Quercus considerou que as medidas de minimização de emissão do poluente tomadas pela Cimpor, como a projeção de água pulverizada sobre a pilha de petcoque na carga e descarga, a utilização de camiões cobertos e os cuidados adicionais na operação das gruas, "não são suficientes, nem solução", classificando-as como "um remendo".