A Polis Litoral Ria de Aveiro anuncia o regresso aos trabalhos de dragagem depois da pausa imposta pela Covid 19 e promete manter uma comunicação regular para evitar speculações sobre a obra.
Reação a uma “não notícia” propiciada pelos movimentos de testes no canal de mira e que muitos associaram a “incumprimentos” do cardeno de encargos.
A empresa dá nota que retomaram, no passado dia 13 de abril, os trabalhos da empreitada de Desassoreamento na Ria de Aveiro, após a obra ter estado suspensa desde o dia 18 de março, decorrente da declaração do Estado de Emergência, do Estado de Calamidade e da Cerca Sanitária ao Município de Ovar.
Atualmente, os trabalhos decorrem em várias frentes, com a necessária adoção das medidas previstas no Plano de Contingência aprovado para a doença pelo novo coronavírus (COVID-19), salientando-se a execução de dragagens no Canal de Ovar, junto ao Carregal e no Canal de Mira, em frente à Costa Nova.
No Canal de Mira a dragagem está a ser efetuada em duas zonas – uma no acesso ao cais dos Pescadores da Costa Nova, com a draga Cegonha e a segunda em frente ao Porto de Recreio da Costa Nova, com a draga Ramaveiro.
A draga Cegonha encontra-se a repulsar os sedimentos através de uma tubagem até ao mar, com uma extensão de cerca de 1,5 km, que atravessa a Avenida José Estevão, a sul da Costa Nova.
Prevê-se que esta operação, onde serão dragados cerca de 14 mil m3, dure cerca de 1 mês.
A draga Ramaveiro, que se encontra a operar em frente ao Porto de Recreio da Costa Nova, repulsará os sedimentos para um terreno a norte, localizado junto à ponte da Barra, e também para o mar. Só nesta zona serão retirados cerca de 30 mil m3 de sedimentos, prevendo-se que esta operação fique concluída até junho.
Atualmente, as dragas encontram-se a dragar à maré, de forma a minimizar a suspensão de sedimentos e seu eventual transporte até às aquiculturas de bivalves existentes nas proximidades, ou seja, a draga a norte opera na vazante e a draga sul na enchente.
Posteriormente serão colocadas cortinas turbidez, para controlar a dispersão de sedimentos em suspensão junto às explorações de bivalves, permitindo que as dragas operem durante mais tempo.
Estas medidas, decorrem de uma exigência da Declaração de Impacte Ambiental e foram previamente discutidas com as entidades competentes e com os exploradores de bivalves.
A Administração da Polis Litoral Ria de Aveiro pretende, nesta fase de aceleração da empreitada, noticiar com maior frequência a execução dos vários trabalhos em curso, permitindo informar convenientemente a população envolvida.
Recorde-se que esta empreitada - Transposição de Sedimentos para Otimização do Equilíbrio Hidrodinâmico na Ria de Aveiro (também designada por Desassoreamento na Ria de Aveiro) - está em curso desde 23 de abril de 2019, tendo sido adjudicada pela Polis Litoral – Ria de Aveiro ao Consórcio “ETERMAR/MMAS/ROHDE NIELSEN”, pelo valor de 17,5 milhões de euros + IVA.