Polícia Marítima realiza operação "Mergulhão" na Ria de Aveiro.

A Polícia Marítima, através dos Comandos Regionais do Norte, Centro e Sul, do Grupo de Ações Táticas, do Grupo de Mergulho Forense, da Unidade Central de Investigação Criminal e da Divisão de Análise e Informações Policiais, realizou hoje, 7 de abril, uma megaoperação de combate à captura ilegal da amêijoa com recurso a equipamentos de mergulho autónomo, na ria de Aveiro.

Os elementos da Polícia Marítima fiscalizaram seis embarcações de recreio, tendo identificado 20 pessoas, apreendido três equipamentos completos de mergulho, uma embarcação e uma viatura utilizadas na prática da atividade ilegal e ainda 15kg de amêijoa, que, por ainda se encontrar viva, foi devolvida ao seu habitat natural.

Nesta operação estiveram empenhados 96 elementos da Polícia Marítima, apoiados por seis embarcações, 20 viaturas e quatro drones. ​

Desta ação, o Comandante Regional da Polícia Marítima do Norte, que coordenou e controlou a operação, afirma que “teve impacto porque demonstra a vontade que a Polícia Marítima teve em contribuir para combater a ilegalidade e fazer com que esta atividade altamente lucrativa seja regulada". 

O Comandante Silva Lampreia destaca ainda que os “resultados são significativos e muito importantes".

Uma aposta na dissuasão e que quis dar sinal aos infratores sobre a atenção que está a ser dada atividade ilegais que concorrem com quem explora recursos de forma ordenada e autorizada.

O comandante do Porto de Aveiro explica que a fiscalização tem mantido um olhar atento sobre estas questões conseguindo apreender, de forma regular, material de mergulho.

Mas reconhece que esta segunda-feira trouxe uma operação em escala aprofundada uma vez que foram utilizados mergulhadores para sinalizar material de mergulho abandonado sempre que os infratores sabem estar na iminência de ser fiscalizados.

Uma operação com vigilância em terra, com recurso a drones e com elementos preparados para assegurar a ordem caso existisse reação.

A PM admite que as coimas são a única consequência para os mergulhadores e que em atividades lucrativas esse nunca será o maior problema.

O mesmo não se pode dizer da apreensão de material de mergulhado pelo esforço financeiro que envolve.

A Polícia Marítima reafirma que vai manter ações de inspeção.