A Universidade de Aveiro, o Centro de Investigação do Território, Transportes e Ambiente das Universidades do Porto e de Coimbra e a Fundação Engenheiro António Pascoal declaram apoio à "Posição Comum" proposta pela Plataforma Cidades sobre a Alta Velocidade e Ferrovia em Aveiro.
A segunda fase da iniciativa "Ferrovia em Aveiro" procura divulgar a posição e colher contributos de Autarquias, Empresas, Associações e Cidadãos por forma a tornar mais robusta a "Posição Comum", a qual será entregue ao Governo e constituída em contributo no processo de Discussão Pública do Plano Ferroviário Nacional.
Neste documento os membros da plataforma defendem que a Linha de Alta Velocidade tenha na Cidade Região uma única Estação – a existente de Aveiro – e que o Plano Ferroviário Nacional, a operação, o projeto e a obra dessa Linha estabeleçam e concretizem o "bypass" – Oiã, Aveiro, Canelas – que traga as composições e os serviços de Alta Velocidade até à Linha do Norte e Linha do Vale do Vouga, na Estação de Aveiro.
Defendem intervenções profundas no Porto de Aveiro que o tornem homólogo e “funcionalmente articulado” com o de Leixões, utilizando a Linha da Beira Alta, “reabilitada e articulada” com Plataformas Logísticas e de Agrupamento de Cargas, ligando os portos à Europa “em tempos e custos razoáveis”.
“Defendemos, ainda, que o troço da Linha do Norte, Espinho-Aveiro quadruplicado e a Linha do Vale do Vouga reabilitada enquanto Estrutura Espacial Urbana constituam o Anel de desenvolvimento do "Noroeste do Entre Douro e Mondego", assente na nuclearização sustentável e inteligente do território, do povoamento e das respetivas comunidades”, refere a Plataforma.
A centralidade da estação de Aveiro é defendida por diminuir a "pegada ecológica" nas deslocações rodoferroviárias de passageiros e mercadorias; aumentar a acessibilidade e atratividade dos Lugares e a capacidade de fixação dos "quadros" e da "mão-de-obra", cada vais mais escassos.
Os proponentes defendem a preparação da zona da Estação dos Caminhos de Ferro de Aveiro enquanto "Interface Urbano Central Multimodal da Cidade Região de Aveiro e do Noroeste do Entre Douro e Mondego" com aposta em meios suaves e partilhados de transporte e espaços próximos da ferrovia com "Plataformas Logísticas e de Agrupamento de Cargas" rodoferroviárias.
A análise é também direcionada para a revisão das tipomorfologias do edificado e não edificado urbano, habilitando-as à constituição de "bairros" e "unidades de vizinhança" com as infraestruturas, equipamentos e serviços adequados, bem como espaços públicos seguros e promotores da interação social, e disponibilizando habitação acessível, qualificada e versátil.