Portugal tem esta sexta-feira mais 234 óbitos por covid-19. Um novo máximo, no dia em que são confirmadas mais 13987 infeções por SARS CoV-2, ultrapassando assim os 600 mil casos desde o início da pandemia.
Janeiro está a ser o mês mais negro da pandemia de covid-19 em Portugal, com os máximos diários de óbitos dos últimos dias acima das duas centenas e de novos casos acima dos dez mil registos.
O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta sexta-feira indica que, desde o início da pandemia, Portugal tem um total de 9920 óbitos e 609136 infeções pelo novo coronavírus.
A terceira vaga atinge, também, em força os hospitais, com os números de internamentos a subir há vários dias seguidos. De quinta para sexta-feira, há mais 149 pessoas internadas (5779 no total), das quais, mais 13, em unidades de cuidados intensivos - são 715 os doentes em estado considerado grave, neste momento, entre a vida e a morte.
O número de infetados continua a subir, atingindo um novo máximo de 157660 casos casos ativos, dos quais 6434 registados nas últimas 24 horas, segundo dados do boletim da Direção-Geral da Saúde, libertados esta sexta-feira.
Há mais 7319 pessoas consideradas como recuperadas, num total de 441556 doentes que superaram a covid-19, embora, segundo vários estudos, muitos continuem com mazelas da doença.
Com mais 234 mortes, novo máximo, com o número de vítimas mortais a subir sucessivamente pelo quinto dia consecutivo, Portugal conta 3104 óbitos associados à covid-19 desde o início do mês, segundo os dados da DGS, apurados até à meia-noite de quinta-feira, o 21.º dia do ano. Em média, a cada dia do que correu de 2021, morreram 143 pessoas em Portugal.
Contas à lupa, morreram, em cinco dias, de segunda a sexta-feira, 1059 pessoas, mais uma que as 1058 vítimas contadas nos sete dias da semana de 11 a 17 de janeiro.
Dos 234 óbitos reportados no boletim desta sexta-feira, 111 residiam na Região de Lisboa e Vale do Tejo (RLVT), que está a ser a mais afetada pela terceira vaga da pandemia, contando já 3626 vidas perdidas desde o início da pandemia. Foi a primeira vez que morreram mais de 100 pessoas numa só das regiões, segundo o enquadramento feito pela DGS.
Na Região Norte (RN), epicentro da pandemia no início, e ainda hoje a região mais penalizada pela doença, morreram 46 pessoas nas últimas 24 horas. Menos óbitos que no período anterior na zona mais setentrional do país, onde o total ascende, agora, a 3965 mortes desde o início da pandemia.
No Centro, morreram mais 48 pessoas nas últimas 24 horas, com o acumulado de morte a ascender, agora, a 1646 pessoas.
No Alentejo foram reportados 11 óbitos (482 no total) e mais oito no Algarve (148 desde o início da pandemia).
Nas ilhas, os Açores continuam ao largo do radar da morte desde 30 de dezembro, quando contavam 22 óbitos, enquanto a Madeira lamenta mais duas vidas perdidas nas últimas 24 horas - no total, morreram 31 pessoas na "pérola do Atlântico".
Começa a ser uma regra, ainda que em escala reduzida face às faixas etárias mais velhas, mas todos os dias a morte tem tocado faixas etárias menos afetadas pelo vírus da SARS-CoV-2. Nas últimas 24 horas, foi reportado o óbito de uma mulher no escalão dos 40-49 anos (87 óbitos, entre homens e mulheres desde o início da pandemia) e um homem na faixa entre os 50-59 anos (257 no total, independentemente do género).
O escalão mais afetado, o dos mais velhos, foi fortemente batido pela pandemia nos dados das últimas 24 horas: dos 234 mortos reportados, 163 /76 homens e 87 mulheres) tinham mais de 80 anos - cifra que representa 70% do total diário, numa faixa etária que representa 67% do total geral nacional.
O escalão imediatamente anterior, dos 70-79 anos, perdeu mais 53 vidas (36 homens e 17 mulheres), com o total de óbitos nesta faixa a passar a barreira dos dois mil (2028) desde o início da pandemia.
Na faixa dos 60-69 anos, morreram 16 pessoas (12 homens e quatro mulheres), num escalão que contabiliza 825 óbitos desde o início da pandemia.
A terceira vaga está a tingir mais em força a região mais populosa do país. Nas últimas 24 horas, foram reportados 5983 caos de covid-19 na RLVT, um novo máximo diário para a região, que anota mais de cinco mil casos diários pelo quarto dia seguido. No total, 208695 pessoas foram já afetadas pela pandemia no entorno da capital.
A norte, os números são também elevados, com a RN a somar mais 4270 casos positivos de covid-19. Foi o terceiro dia seguido com mais de quatro mil infeções reportados, que contribuiu para atirar o total desde a início da epidemia para as 275164 infeções.
A RC soma mais de dois mil casos pelo terceiro dia seguido. As 2670 infeções reportadas esta sexta-feira elevam o total para 84162, naquele território.
O Alentejo somou mais 482 casos, um novo máximo, atingido numa semana com registo sempre acima das 400 infeções diárias, com o total a ascender, já, a 20712. Mais a sul, o Algarve passou as 14 mil infeções totais, com 116 nas últimas 24 horas.
Os Açores, com mais 31 casos, registam um acumulado de 3146, enquanto a Madeira, com mais 84 infeções, passou os três mil desde o início da pandemia (3078).