A Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros concluiu um ciclo de visitas aos serviços responsáveis pelo tratamento de doentes com Covid-19 da sua área de abrangência.
Neste início do mês de Agosto, a SRCentro realizou um périplo pelas unidades hospitalares da região Centro com o intuito de avaliar as condições de resposta no âmbito da pandemia.
Para Ricardo Correia de Matos, Presidente do Conselho Directivo Regional, estas visitas tiveram como objectivo “conhecer in loco as respostas actuais e as programadas para a segunda vaga de Covid-19, para que consigamos, todos juntos, proporcionar a melhor segurança e a melhor qualidade nos cuidados que prestamos. A vida das pessoas é prioritária. Sempre”.
No dia 4 de Agosto, a comitiva da SRCentro, acompanhada por Maria Helena Rodrigues, Secretária do Conselho Directivo Regional, deslocou-se ao Centro Hospitalar do Baixo Vouga (Aveiro) e ao Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga (Santa Maria da Feira), reunindo-se também com os respectivos CA de cada centro hospitalar.
Como balanço destas visitas, o Presidente do Conselho Directivo Regional afirma que “neste momento, o maior desafio é definir uma estratégia integrada com os vários stakeholders da saúde, de modo a permitir uma rápida resposta à segunda vaga da Covid-19, sem interferir na capacidade de resposta às patologias frequentes.
Pensar que os hospitais, de forma isolada, conseguirão enfrentar o inverso, com segurança e qualidade, é um erro que custará milhares de vidas humanas.
É urgente a definição de uma estratégia concertada entre hospitais, ACES, sector privado e o sector social. Nesta cooperação, as câmaras municipais poderão ser a chave do sucesso”.
Acrescenta que “esta é a altura para converter a reacção em prevenção. Utilizar o conhecimento e a experiência dos últimos meses, para construirmos um Sistema de Saúde que proteja todas as pessoas. Mais uma vez, os profissionais de saúde lideraram a resposta e conseguiram um excelente resultado”.
Pela frente está já mais um inverno com a pandemia ainda a marcar ritmos.
“Mas, neste Inverno, o argumento da surpresa não justificará a má preparação e o mau planeamento dos recursos humanos. A capacidade de responder às necessidades das pessoas estará sempre dependente da qualidade e quantidade dos recursos humanos. Portugal apresenta o maior desequilíbrio das equipas multidisciplinares”.
E conclui deixando um apelo.
“Precisamos urgentemente de contratar e valorizar os projectos profissionais dos Enfermeiros”.