O futuro modelo de governação do espaço delimitado pelo perímetro da Ria de Aveiro foi um dos assuntos abordados entre os responsáveis do Movimento MARIA e o Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo.
Numa reunião para apresentação de cumprimentos que se prolongou por cerca de 90 minutos, os dirigentes do MARIA tiveram a oportunidade de transmitir ao Presidente Fernando Caçoilo os fundamentos consignados na Carta de Princípios do Movimento e de lhe fazer uma breve resenha da sua origem.
Preocupações como o assoreamento e a ausência de delimitação e balizagem dos canais de navegação - alguns dos múltiplos problemas que atingem a Ria de Aveiro há décadas- foram assuntos abordados pelo MARIA com o autarca.
Os responsáveis do MARIA transmitiram também algum “cepticismo” relativamente aos resultados que se irão obter com os trabalhos de desassoreamento recentemente anunciados para junho.
Na perspetiva dos responsáveis do MARIA, “limitar o desassoreamento aos canais de navegação é redutor e claramente insuficiente para devolver à Ria de Aveiro um espelho de água que sirva economicamente a região, o turismo, a economia e o desporto náutico”.
Na ótica dos dirigentes do MARIA, o desassoreamento deveria contemplar, designadamente, “as margens, na medida que que é nestas zonas que se encontram as infra-estruturas e instalações das marinas dos clubes náuticos da RIA, fortemente prejudicados pela deposição de sedimentos”.
Fernando Caçoilo, por seu lado, disse “compreender bem” as preocupações do Movimento, adiantando estar “moderadamente otimista” relativamente à possibilidade de poder vir a haver recurso a fundos comunitários no Programa 20/30, no quadro das alterações climáticas, que ajudem a minorar alguns dos problemas que todos nós agora sentimos na nossa Ria.
Representaram o MARIA na reunião com o Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo Humberto Rocha, Paulo Amaral, Paulo Ramalheira e Pedro Martins Pereira.