O grupo Cívico que se mobilizou para ajudar a salvar o ARGUS do abate anunciado afirma-se feliz e surpreendido com o desfecho, ontem anunciado, apresentado sob a forma de acordo para a cedência da embarcação ao erário público e restauro para museu em terra firme, no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré.
Rui Bela, uma das vozes que tentou agitar a comunidade, recorda que foram milhares os aderentes à causa, em Portugal e no estrangeiro, merecedores de uma palavra da empresa ou da autarquia.
O grupo, com 6 mil pessoas, foi criado para dinamizar uma solução para a embarcação. Salienta que a ideia agora apresentada chegou a ser uma das discutidas.
“Afinal onde está a união de esforços, a sensibilização da sociedade para uma cidadania ativa, quando são os próprios autarcas a colocar esses movimentos fora de processo?! Dos Estados Unidos à Austrália, Holanda, Inglaterra, ... temos aqui milhares de pessoas que se quiseram associar a este movimento, incluindo os próprios familiares do construtor do ARGUS, netos do arquiteto e do mestre naval. Eles que tanto lutaram para não deixar o ARGUS cair na desgraça. Quanto ao projeto em si, só desejamos que se torne realidade e aplaudimos o momento alcançado hoje. Todos aqui estaremos novamente a marcar presença e ajudar no que for preciso se formos chamados. Haja mentalidades e políticos com uma visão mais abrangente e consensual se precisarem de ajuda”