Os presidentes da Câmara de Ílhavo e da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré apresentaram-se em sintonia na celebração do aniversário da elevação da Gafanha da Nazaré à categoria de cidade para considerar que a construção de cidade se faz de investimento contínuo. Numa jornada que envolveu visita a obras emblemáticas, os autarcas salientam que os 14 anos demonstram que o esforço de crescimento começou há muito e continua válido.
“Começámos um dia de muito trabalho em reuniões com as associações que vão ser parceiras na Casa da Música. Depois do Verão vamos levar a obra a concurso. É uma fase protocolar com a cooperativa humanitária”.
O autarca de Ílhavo salientava a reunião com a administração portuária para debater “problemas e questões difíceis de ultrapassar” mas que as autarquias querem ser capazes de ultrapassar. “O Porto de Aveiro faz parte da nossa vida. Está embebido na Gafanha. Não queremos que seja um inimigo. Tem que ser um amigo no desenvolvimento da nossa terra. Amigo do desenvolvimento sustentável”.
O dia fica marcado pela passagem por locais como a redes cicláveis de ligação às praias e na procura de soluções de ligação entre Aveiro e a ponte de Barra com atravessamento junto à rotunda da Friopesca e pelo arranque da obra de requalificação da rua D. Manuel Trindade Salgueiro que será assumida como teste a um arranjo urbanístico ao nível do espaço público. O investimento de 120 mil euros visa a requalificação da via que liga o viaduto da A25 até à avenida José Estevão.
Fernando Caçoilo salienta ainda a finalização e ativação do ECOMAR. “Vai ser hospital de animais marinhos e vai ter área de visita. Em Ílhavo os turistas vão ter coisas que não têm em mais lado nenhum. Ninguém tem aquário, ECOMARE e Vista Alegre. Isto associado a praias dá-nos tudo o que necessitamos”.
O mercado da Barra é outra das obras públicas que promete, segundo a Câmara de Ílhavo, “dignidade ao equipamento”. Trata-se de uma obra de 180 mil euros. “Não é um mercado muito grande mas vai ficar um bom equipamento pela dimensão. É uma peça valorizada”.
O Ecodrive surge como espaço de deposição de lixo com o carro junto ao local de deposição. Outra novidade inspirada na compra de alimentação com circuito automóvel integrado. O espaço funciona perto do cruzamento da Igreja Matriz no aproveitamento de um gaveto.
Carlos António Rocha afirma que o roteiro de obras é essencial para mostrar o investimento contínuo. “O balanço é positivo. Estamos numa cidade em movimento. A Junta não tem capacidade de fazer obra mas tem capacidade de influenciar e pressionar a Câmara para que olhe para esta terra e poder desenvolver trabalho. Este investimento de 10 milhões é talvez o maior já feito no concelho. Mas há mais, pequenas obras que passam por asfaltamentos, arranjo de pracetas e mercados. Continua a investir-se muito. Há outros projetos. Temos que requalificar ruas e apostar num trabalho gradual”.
O autarca da Gafanha da Nazaré avalia os 14 anos de cidade e admite que a qualificação urbana depois de uma fase de infraestruturas será mais um passo nessa afirmação. “Há muita gente que pergunta porquê a Gafanha cidade. Primeiro porque cumpriu requisitos mas por ter rótulo de cidade não está tudo feito. Precisa de investimento contínuo. Precisamos de fazer muitos passeios, requalificar trânsito, reorientar o sentido de tráfego. Tínhamos caminhos que passaram a estradas. Há um trabalho profundo que será demorado mas que será feito de forma criteriosa”.