Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga e direção do serviço de cirurgia debatem, esta segunda, as escalas e as formas de tentar evitar mais problemas com a falta de cirurgiões na urgência obrigando à transferência de utentes para outros hospitais.
O JN noticiou este fim de semana que o serviço de urgência do Hospital de Aveiro tem falta de cirurgiões e o problema agravou-se em Agosto devido às férias. Setembro será outro dos meses críticos.
Há turnos em que as urgências chegam a funcionar sem qualquer cirurgião e a necessidade de ter dois em bloco operatório é inviabilizada. No horizonte estão já os dias 8 e 16 de Setembro e os serviços procuram soluções para responder. A Ordem dos Médicos afirma-se atenta, avalia a situação e admite retirar ao hospital a competência para formar cirurgiões.
Em declarações ao JN, Carlos Cortes, da secção regional da Ordem, refere que o caso é sério. “Um número insuficiente ou mesmo a ausência, como está na escala, de cirurgiões numa urgência com a importância de Aveiro é uma situação que não é digna de uma país civilizado e constitui uma ameaça para a população, que deixa de ter no seu hospital médicos para operar situações mais ou menos emergentes, que muitas vezes não podem esperar por uma viagem até Coimbra".