Segunda-feira mais calma em termos de novos casos de covid-19, mas com um recorde de 91 mortes anotadas nas últimas 24 horas, período em que se registaram mais 111 internamentos.
Portugal perdeu, nas últimas 24 horas, mais 91 vidas para a covid-19, o número mais elevado de mortes num só dia por causas associadas à doença provocada pelo vírus da SARS-CoV-2, superando os 82 registados a 11 de novembro e os 78 no dia seguinte.
Quase metade das vítimas mortais residia na Região Norte (RN), a mais afetada pela pandemia, que perdeu mais 44 vidas nas últimas horas, para um total de 1607 óbitos registados desde que faleceu a primeira pessoa vítima da covid-19 em terras lusas, a 16 de março.
A Região de Lisboa e Vale do Tejo (RLVT), segunda em termos de casos e de óbitos, somou ais 33 vidas desaparecidas nas asas sombrias da covid-19, que já causou 1302 vítimas mortais na região mais povoada do país.
A Região Centro, muito fustigada pela pandemia durante a primeira vaga, volta a sofrer os efeitos da covid-19, perdendo 11 vidas elo segundo dai consecutivo. No total, são já 433 os óbitos anotados na zona central do país.
Algarve e ilhas, Madeira e Açores, não registaram novos óbitos, com o Alentejo a registar a perda de mais três vidas, para um acumulado de 79 vítimas mortais.
A pandemia, já foi escrito e reescrito, é particularmente fatal para os mais idosos, e os últimos números são apenas a regra, sem exceção. Dos 91 falecidos, 62 (29 homens e 33 mulheres) tinham mais de 80 anos, isto é, 68% do total diário.
A faixa dos 70-79 anos perdeu mais 17 pessoas (11 homens e seis mulheres), enquanto no escalão dos 60-69 houve mais oito óbitos (sete masculinos e um feminino).
É uma constante das últimas semanas, desde que a segunda vaga atingiu em força o país, há sempre uma outra vítima entre cidadãos em plena idade laboral, no caso com idades entre os 50-59 anos - nas últimas 24 horas foram quatro, mais que o habitual, três homens e uma mulher.
O número de pessoas internadas continua a aumentar, praticamente de dia para dia em Portugal. Depois de uma quebra (menos um) no sábado, os hospitais acamaram 131 doentes no sábado e 111 até à meia-noite de domingo, quando fecham as contas do boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
No total, há, agora, 3040 pessoas internadas em ambiente hospitalar, das quais, 426 (mais 11) em unidades de cuidados intensivos.
Alguma esperança com o número de recuperados, cifrado em 3560, com a DGS a referir uma mudança no sistema de análise de dados, em que "a diferença diária é calculada em relação aos dados do dia anterior". Contas feitas, par ao que mais importa, no total, 142155 portugueses recuperaram já da doença.
A mesma metodologia foi aplicara aos casos ativos de covid-19, que são mais 350, segundo o boletim desta segunda-feira, para um total de 80045. A mudança do sistema de análise de dados resultou em algumas discrepâncias, que levaram à correção dos números acumulados, resultando em mais 4375 cas0os confirmados (para um total de 225672), mais 13529 recuperados e menos 9154 casos ativos.
Segunda-feira é, por norma, dia de parar e respirar com um pouco mais de esperança. E, hoje, não é diferente. Tal como há oito dias, os números que nos assaltam diariamente são mais brandos, num início de semana, esta como a anterior, com cerca de quatro mil casos diários de covid-19.
Esta segunda-feira, segundo dados do boletim diário da Direção-Geral da Saúde, foram notificados 3996 novas infeções de covid-19, menos 100 que as 4096 da segunda-feira passada. Numa e noutra, a região Norte notificou pouco mais de metade dos casos: 2063 hoje (51,6% no total nacional) e 2265 há oito dias (55,3% do total de então).
Números globais, a região mais setentrional do país já contabilizou 111924 infeções por SARS-CoV-2 desde o início da pandemia - 51,7% dos 217301 casos identificados no país desde 2 de março.
À segunda, como nos outros dias das últimas quatro semanas, quando a tendência se inverteu e o Norte voltou a registar mais casos, a segunda região do país mais afetada pela pandemia é mais populosa de Portugal. Esta segunda-feira, a Região de Lisboa e Vale do Tejo (RLVT) notificou 1350 novas infeções, mantendo-se acima dos mil casos diários de covid-19 desde o dia 1 de novembro. No total, foram já infetadas quase 80 mil pessoas na zona de entorno da capital.
Os números apresentam uma constância preocupante, também, na Região Centro, que desde o dealbar de novembro se mantém com números diários de casos na ordem dos 500. Contando com o habitual abrandamento das segundas-feiras, são 462 os contabilizados até à meia-noite de domingo.
Por aí abaixo, é segunda-feira em todo o país, dia de respirar com menos pressão dos números. O Alentejo somou mais 39 casos e ultrapassou a barreira das quatro mil infeções desde o início da pandemia (4018).
No Algarve os números são um bocadinho mais "a bold", mas o resultado é o mesmo, com a barreira dos quatro mil casos a ser dobrada, para os 4010, contando com os 56 registos das últimas 24 horas.
Nas ilhas, os Açores somaram mais 16 infeções, para um acumulado de 621, enquanto na Madeira são agora 636, somadas as 10 infeções registadas até à meia-noite de domingo.