Num curto espaço temporal (em menos de uma semana), o centro da cidade de Ílhavo foi 'cenário' de dois episódios de desacatos, violência e destruição do património urbano.
Na última madrugada, em plena Calçada Carlos Paião, verificaram-se vários episódios de confrontos físicos testemunhados por transeuntes e moradores locais.
Os incidentes terão sido protagonizados por clientes dos bares instalados naquela zona da cidade. "Tudo aconteceu por volta da uma da manhã" segundo o relato de uma 'testemunha'. "Algumas dezenas de pessoas que estavam na inauguração de um antigo bar, envolveram-se em cenas de pancadaria", disse à Terra Nova um morador.
A GNR de Ílhavo e Vagos esteve no local "com três carros patrulha e meia dúzia de guardas" e conseguiram controlar a situação, "muito tensa", por volta das 02h00. Chegaram a ouvir-se 'petardos' na madrugada ilhavense.
Uma pessoa foi transportada para o Hospital de Aveiro pelos Bombeiros de Ílhavo com ferimentos ligeiros.
Na madrugada da passada segunda feira, o Jardim Henriqueta Maia e a área junto ao Centro Cultural de Ílhavo, foram alvo de actos de vandalismo, levando à destruição de mobiliário urbano e do próprio “Planteia” na zona exterior do CCI.
Este tipo de desacatos tem sido frequentes no centro da cidade em particular mas noite de fim-de-semana com a frequente 'actuação' da GNR.
A alegada ausência de fiscalização das autoridades e da própria autarquia ao longo dos anos, é apontada como uma das justificações, por parte de populares, para os episódios de violência e desrespeito pelos horários de funcionamento dos estabelecimentos ali instalados, processos que estão a ser alvo de inquéritos pelo DIAP de Aveiro, havendo já arguidos formalizados, quer da anterior gestão autárquica quer do comando da GNR de Ílhavo.