Portugal registou, esta sexta-feira, 4656 casos de covid-19, num dia com um recorde de mortos, 40, e de casos graves, 275, no total.
Sexta-feira negra em Portugal. Depois de ter superado pela primeira vez a barreira dos quatro mil casos diários de infeção por SARS-CoV-2 na quinta-feira, com 4244 registos, Portugal somou mais 4656 infetados e 40 mortes por covid-19, esta sexta-feira.
Números máximos da pandemia até agora, com um acumulado de 137272 infeções desde o início da pandemia, a 2 de março, e de 2468 óbitos, mais 40 do que ontem, superando o máximo anterior de vítimas mortais num só dia, que era de 37, a 3 de abril, quando o país e os portugueses ainda estavam a aprender a lidar com a pandemia.
Os números são duros, também a nível de doentes a precisar de cuidados médicos. Há mais seis internados em Unidades de Cuidados Intensivos, para um total de 275, que ultrapassa o máximo registado na primeira vaga, que foi de 271 doentes em estado grave, a sete de abril.
Os hospitais acolhem, neste momento, 1927 pessoas, mais 43 que as 1834 que estavam hospitalizadas na quinta-feira, o que é o pior registo de sempre nos hospitais portugueses, desde que o vírus começou a destruir vidas em Portugal.
A mortalidade da covid-19, dia após dia, tem uma regularidade perturbadora. Afeta mais, muito mais, os escalões etários mais envelhecidos, e esta sexta-feira não é exceção: dos 40 óbitos, mais de metade, 22, tinham mais de 80 anos (nove homens e 13 mulheres).
Tal como na quinta-feira, a segunda faixa mais afetada foi imediatamente anterior, dos 70-79 anos, com 12 óbitos assinalados (oito homens e quatro mulheres).
Pelo segundo dia consecutivo foi registado o óbito de um homem com menos de 60 anos, enquanto no escalão acima, dos 60-69 anos, foram contabilizados mais cinco óbitos (quatro homens e uma mulher).
No total, nas últimas 24 horas, a covid-19 matou 22 homens e 18 mulheres.
Em dia com um negro recorde, a mortalidade por Covid-19 tocou todas as regiões do país, segundo a organização da Direção Geral da Saúde (DGS), à exceção das ilhas.
Na Região Norte (RN), a mais afetada pela pandemia, em número de casos e de óbitos, mais 19 pessoas perderam a vida, elevando para 1088 o total de vítimas mortais da covid-19 na região mais setentrional do país.
A Região de Lisboa e Vale do Tejo (RLVT) perdeu mais 13 pessoas para a covid-19. São agora 980 as mortes associadas à pandemia, desde março.
No centro, há mais três óbitos associados à covid-19, para um somatório de 312, enquanto o Alentejo, com o mesmo número de mortes nas últimas 24 horas, tem agora 46 vidas perdidas para a doença provocada pelo vírus da SARS-CoV-2.
Mais a sul, no Algarve, a covid-19 levou mais duas vidas, somando agora 27 almas ceifadas desde o início da pandemia.
Num dia com recordes negros de óbitos, internamentos e casos, é sem surpresa que os números mostram máximos de casos tanto na Região Norte como na zona de Lisboa e Vale do Tejo.
No Norte de Portugal, onde a infeção foi detetada pela primeira vez a 2 de março, foi registado um novo máximo diário de casos positivos, com mais 2831 registos, 60% do total das últimas 24 horas, para um somatório acima dos 60 mil (61427).
Na RLVT foram assinalados mais 1357 casos (29% do total), um novo máximo diário, para a zona mais populosa do país, que agora tem um acumulado de 57937 casos positivos desde o início da pandemia.
A Região Centro, com mais 334 casos confirmados, um dos números mais altos desde o início da pandemia, mas longe do máximo de 512 atingido a 12 de abril, tem um acumulado de 11735 doentes .desde 2 de março
No Alentejo os números mais fortes estão a ser registado nesta segunda vaga, mas nas últimas 24 foram contabilizados 46 positivos, quase um terço do máximo diário, de 110, atingido na quarta-feira.
Mais a sul, no Algarve, um dia depois de atingido o máximo diário, de 63 infeções, foram assinaladas, esta sexta-feira, mais 57 pessoas doentes com covid-19. O somatório está nos 2699.
Nas ilhas, sem óbitos a registar, os Açores contaram mais oito casos, para um total de 366, enquanto na Madeira há mais quatro positivos, para uma cumulado de 435.