Aveiro recebe plenário do Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) para debate sobre o descongelamento das carreiras. É já esta quinta-feira na escola Dr. Mário Sacramento, a partir das 9h.
A estrutura sindical procura esclarecer docentes sobre a posição do Ministério da Educação (ME) relativa à recuperação do tempo de serviço dos professores, e discutir novas formas de luta com vista ao descongelamento do tempo total (nove anos, quatro meses e dois dias).
Nesta reunião, integrada no ciclo de plenários que o SIPE está a realizar pelas escolas do País, além das dirigentes da delegação de Aveiro, estará também presente o coordenador da Região Norte do SIPE, Filipe Abreu.
De acordo com a ordem de trabalhos da reunião, entre outros assuntos, estará em debate a posição do Governo sobre a carreira docente, e a “urgência” de retomar negociações face ao incumprimento da Declaração de Compromisso assinada na reunião de 18 de novembro de 2017, que versa sobre as carreiras, os horários, o desgaste dos professores, a aposentação e outras condições de trabalho.
Na reunião serão ainda definidas formas de intervenção e de luta a desenvolver nos locais de trabalho ao longo do primeiro período deste ano lectivo, e votada uma tomada de posição para enviar ao Governo.
“A proposta apresentada pela Tutela para a recuperação do tempo de serviço de dois anos, nove meses e 18 dias é inaceitável, assim como é todo o processo negocial, que apenas pode ser classificado de surreal. O Ministério da Educação nunca apresentou um documento escrito que servisse de base às negociações, o que está a ser alvo de averiguação, dada a sua possível ilegalidade”, denuncia Júlia Azevedo, presidente do SIPE.
A dirigente refere que “os plenários que estamos a realizar por todo o País pretendem esclarecer os docentes e, consequentemente, mobilizá-los a combater toda esta injustiça de que a classe tem sido alvo, com formas de luta alternativas que pretendemos desenvolver durante o primeiro período deste ano letivo”.