A GNR desenvolveu, na terça-feira, uma operação de combate ao crime económico com execução de diversos mandados de busca e de detenção nos distritos do Porto, Braga, Aveiro e Évora.
Trata-se de uma operação relacionada com fraude internacional de empresas "fantasmas".
A Operação HINDOLA contou com elementos da GNR, Direção de Finanças do Porto, sob Direção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto e com o apoio da EUROPOL e da EUROJUST, em território nacional e internacional.
Confirmadas seis detenções de indivíduos indiciados na prática dos crimes de fraude qualificada, introdução fraudulenta no consumo qualificada, associação criminosa, branqueamento, corrupção ativa e passiva, e prevaricação e denegação de justiça.
Os arguidos terão conseguido obter uma "vantagem patrimonial ilegítima" de pelo menos 4,2 milhões de euros.
Investigação em torno de um esquema de fraude organizada, de dimensão transnacional, baseado na criação de empresas "fantasma" e na criação de circuitos de faturação fictícios, que visavam a evasão ao IVA e a obtenção indevida de reembolsos, com recurso a utilização fraudulenta do regime do IVA nas transações intracomunitárias.
Além de defraudar o Estado Português, os referidos bens foram colocados no mercado abaixo do preço de custo, "gerando uma concorrência desleal entre operadores e uma adulteração grave do mercado nacional nesses setores".
Além dos seis detidos foram constituídas arguidas 18 sociedades comerciais e 32 pessoas singulares de nacionalidade portuguesa e estrangeira.
Foi ainda apreendida diversa documentação e registos contabilísticos, bem como cerca de 20 mil euros em numerário e joias num valor de cerca de 45 mil euros.
A Operação contou com o reforço de militares dos Comandos Territoriais da GNR do Porto, Braga, Aveiro e Évora, e da Direção de Investigação Criminal (DIC) da GNR, estando a ser empenhados 197 militares da GNR e 40 elementos da Autoridade Tributária (AT).
No plano internacional a operação foi apoiada pela Unidade Central Operativa (UCO) da Guardia Civil, no Reino de Espanha.
Os detidos foram presentes ontem, dia 8 de julho, ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto para aplicação de medidas de coação, tendo sido um arguido sujeito a prisão preventiva e os restantes a apresentações periódicas bissemanais e proibição de contactos entre todos.