O Agrupamento de Escolas da Gafanha da Encarnação faz balanço à primeira edição das EcoJornadas dedicadas ao tema do ambiente. As escolas lembra que o currículo académico não é tudo e é necessário apostar em formação cívica e que conceitos como a ecologia, o meio ambiente ou a sustentabilidade podem ser fundamentais.
“A avaliação que as crianças e os alunos realizaram da atividade foi extremamente positiva, superando mesmo as expectativas iniciais. Vários foram aqueles que mencionaram que nunca tinham mexido com equipamentos tão vastos e dialogado com cientistas e individualidades que fazem do seu trabalho diário a investigação e a aplicação das novas energias e tecnologias”.
Participaram nesta atividade todos as crianças da Educação Pré-Escolar e todos os alunos do ensino básico, desde o 1.º ao 9.º ano de escolaridade. As crianças e os alunos realizaram trabalhos plásticos, experiências com plantas, semeaduras de cogumelos, construção de compostagem e de minhocários, estando igualmente a desenvolver nos seus Jardins de Infância e Escolas do Primeiro Ciclo pequenas hortas, em colaboração com o EcoEscolas.
Os alunos do 9.º ano deram o seu contributo, servindo de guias aos mais jovens e também ao público em geral, durante o evento na escola sede (EB 2,3 da Gafanha da Encarnação). Autarcas locais, académicos da UA e representantes da sociedade civil passaram pela escola em dois dias de atividades.
No exterior, o Corpo de Escuteiros da Gafanha da Encarnação, além da recriação de um acampamento e da informação aos visitantes sobre a preocupação sempre presente em deixar mais limpo do que encontram os espaços naturais onde se instalam, transmitiu a ideia de que tudo o que nos rodeia tem o seu valor, utilizando para exemplificação pedras que podem ser usadas para registar pequenas mensagens (Pedras com Vida).
Também realizaram atividades lúdicas com as crianças e alunos do Agrupamento, formando tendo em mente os princípios do escutismo.
No jardim da escola, os participantes conheceram e identificaram vários tipos de ervas aromáticas, aprenderam os benefícios da sua utilização e plantaram algumas espécies.
Na Casa do ambiente, através de um jogo interativo ou de uma história infantil adaptada (conforme a faixa etária dos visitantes), foram transmitidas informações, algumas já conhecidas, outras novas, sobre a separação do lixo.
Também esteve presente a Guarda Nacional Republicana, representada pelo NPA (Núcleo de Proteção Ambiental) e pelo GIPS (Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro), prestando informação sobre os incêndios florestais e o seu combate, os cuidados a ter no uso da floresta, a consciencialização face ao tratamento a dar aos animais de estimação e evitar considerar como tal animais exóticos, pois ter estas espécies em casa é considerado ilegal e incorreto no nosso país.
No interior falou-se de Mobilidade, cuidados básicos de saúde com os animais de estimação, reciclagem dos medicamentos e produtos farmacêuticos, reprodução e cultivo de cogumelos, utilização de materiais recicláveis, acessibilidade à praia por pessoas com dificuldades de locomoção, noções de primeiros socorros, do “Projeto Cabeço Santo”, da Quercus, da importância das algas numa alimentação saudável, poluição dos oceanos, Reabilitação de Animais Marítimos (Ecomare), recolha de óleos alimentares, alterações climáticas, alimentação sustentável, recuperação de bicicletas e energia eólica entre outros temas.
“Um dos grandes objetivos desta mega-atividade prende-se com a urgente necessidade de se facultar aos mais novos as ferramentas e os conhecimentos sobre os cuidados a ter com o meio ambiente e natural. Pretende-se que as gerações vindouras possam olhar com olhos mais ´verdes` para o mundo que nos rodeia, procurando salvaguardar os recursos naturais, cuidar das espécies e da biodiversidade, tomar decisões conscientes e responsáveis sobre o uso dos recursos terrestres”, refere a direção do agrupamento.