A intervenção de Luís Marques Mendes fez parte de um almoço-debate que antecedeu o Conselho Consultivo da AHRESP. Presentes estiveram Pedro Machado, Presidente da ERT Centro de Portugal, vários autarcas e outras personalidades do Turismo nacional.
A AHRESP justifica o convite a Luis Marques Mendes como orador neste almoço-debate por ser uma vantagem inequívoca para os convidados conhecerem o que um Conselheiro de Estado tem a dizer sobre o momento do país, da Europa e do mundo.
Concretamente sobre as vantagens de Portugal, Marques Mendes destacou o facto do país não ter problemas de identidade, de ser credível quer na Europa quer em todo o mundo, de ser um país seguro e onde o ideal europeu está bastante enraizado. As suas vantagens não afastam, no entanto, a necessidade de medidas reformistas que contribuam para “menos Estado na economia nacional”. “A cultura do Estado tem limites e os limites estão ultrapassados”, afirmou.
Por outro lado, o que se passa fora do país também deve ser tido em conta: “O mundo bipolar acabou. E hoje existe um mundo multipolar sem instâncias com capacidade de mediação”, referiu.
Para o momento menos bom que se avizinha, Marques Mendes acredita na capacidade de “arregaçar mangas” das empresas portuguesas, que conseguem ultrapassar os maiores problemas.
Depois do almoço-debate decorreu mais um Conselho Consultivo da AHRESP, reunião bimestral que congrega todos os órgãos sociais da associação a nível nacional.
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) nasceu em 1896 e é uma instituição de utilidade pública. Atualmente, é a maior Associação empresarial na defesa e representação do setor do turismo, representando empresas de restauração, cantinas, pastelarias, padarias, casinos, discotecas, industria e comércio alimentar, hotéis, parques de campismo, alojamento local, entre outros.