Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro desenvolveu um instrumento de rastreio que identifica alterações de linguagem em crianças.
O denominado “RLI 2-3: Rastreio de Linguagem Infantil 2-3 anos” foi desenvolvido no âmbito do Mestrado em Terapia da Fala e tem como propósito identificar precocemente alterações de linguagem em crianças com idades entre 2 e 3 anos (dos 24 aos 36 meses).
Mecanismo que visa analisar diversos domínios linguísticos.
Entre estes, estão os domínios léxico-semântico, fonológico, morfossintático e pragmático, avaliando a produção linguística das crianças.
O instrumento de rastreio foi criado por uma equipa que envolveu as investigadoras Marisa Lousada e Alexandrina Martins, professoras da Escola Superior de Saúde da UA (ESSUA), e pelas terapeutas da fala e ex-alunas Ana Carolina Coelho e Carolina Santos.
O RLI 2-3 foi concebido para ser utilizado tanto por profissionais de saúde como por profissionais de educação que contactem com crianças como terapeutas da fala, pediatras, educadores de infância e outros cuidadores.
Tal permite ampliar o alcance deste instrumento e possibilita a identificação precoce de possíveis dificuldades linguísticas.
Durante a aplicação do RLI 2-3, são realizadas análises abrangentes nos diferentes domínios linguísticos, permitindo uma avaliação criteriosa do desenvolvimento da criança nesses aspetos.
O objetivo é determinar se a linguagem da criança está a seguir um padrão típico de desenvolvimento ou se há indícios de necessidade de encaminhamento para uma avaliação especializada em Terapia da Fala.
O RLI 2-3 proporciona uma visão completa do panorama linguístico da criança, contribuindo para a deteção precoce de possíveis dificuldades na linguagem.
Esta identificação precoce é fundamental para maximizar os resultados positivos em casos de alterações linguísticas.
No âmbito da parceria da UA com a empresa Trilhos de Mudança, este instrumento encontra-se licenciado para exploração comercial, tendo sido apresentado no IV Encontro em Linguística Aplicada, realizado na ESSUA no passado dia 17 de maio.
O instrumento estará brevemente disponível à comunidade clínica e científica.