O Partido Socialista continua a criticar a forma como os poderes públicos têm feito a gestão do caso da luta popular contra a movimentação de petcoke no Porto de Aveiro. Depois do caso ter passado pela televisão e da CIMPOR ter dito que está a aplicar medidas para mitigar o efeito do transporte, a população manifestou algum agrado pelos avanços. Sérgio Lopes, do PS, diz que os poderes públicos foram reativos mas não atuaram de acordo com as posições manifestadas pela população.
“Estamos longe de estar em condições de dizer que está tudo esclarecido ou resolvido. Estaremos, eventualmente, um pouco mais perto de um esclarecimento que há um ano. Tudo isto poderia acontecer de forma mais agradável, menos mediática e mais expedita a favor dos interesses da população se a Câmara fosse mais proativa na auscultação e no acompanhamento das preocupações a população”.
Rui Dias, do PSD, considera que não é o mediatismo que resolve os problemas e defende que Junta da Gafanha da Nazaré e Câmara de Ílhavo fizeram o que tinham a fazer. “A reportagem fala de um pó potencialmente perigoso mas tudo é potencialmente perigoso. Potencialmente, é mais perigoso meter gasolina no carro do que a manipulação do petcoke a dois kms de casa das pessoas. É bom ter preocupação em relação a isto se há perspetiva da movimentação poder trazer perigo para a saúde pública mas é errado o circo mediático. Esta estratégia de ir para a televisão para resolver o problema não resulta. O problema não está resolvido”.