O Partido Socialista (PS) de Aveiro, diz que a Câmara de Aveiro segue em "navegação à vista" com uma receita "maximizada" e "projetos de investimento sem escrutínio".
Os Vereadores que votaram contra o Plano e Orçamento, na reunião pública de Câmara, esclareceram hoje que "havia condições para gerir com alívio dos bolsos dos aveirenses".
Manuel Sousa lamentou a "falta de consulta pública" junto dos Partidos da oposição e defendeu que há declarações de intenções no Plano de atividades. "Não há compromisso com os aveirenses para levar por diante projectos interessantes. Daqui a quatro anos vão haver mais inaugurações para enganar os aveirenses. Temos de denunciar esta situação. Todos contribuem monetariamente mas ninguém consegue dar ideias a Ribau Esteves", referiu.
O PS defendeu, esta terça-feira, a alienação de património e a renegociação do Programa de Ajustamento Financeiro (PAM) como elementos importantes na gestão da autarquia. Lembra que foram duas ideias defendidas pelo PS na campanha e que Ribau Esteves criticou. "Fomos achincalhados com um chorrilho de impropérios e agora vemos que algumas medidas eram nossas e são apresentadas como solução para a Câmara".
João Sousa acusou a 'maioria' de "governar com cofres cheios". O Vereador do PS diz que Ribau Esteves "é uma espécie de Tio Patinhas com excesso de liquidez que chegou a atingir os 35 milhões de euros" em Dezembro. Lamenta que não tenham sido tomadas medidas para renegociar os termos do Programa de Ajustamento Municipal. Diz que a autarquia poderia estar fora das medidas mais gravosas do PAM. (com áudio)
O autarca de Aveiro tem insistido na necessidade de criar condições para pagar dívida e assumir investimentos, mas, a Vereadora Joana Valente afirma que os documentos que leu "assentam numa lógica de intenções aos quais faltam, por vezes, as cabimentações financeiras".
O debate segue no dia 20 na Assembleia Municipal de Aveiro.