A deputada do PSD Regina Bastos exorta o ministro da Saúde a comprometer-se, em sede de OE para 2019, a “aumentar o valor do contrato-programa” do centro hospitalar do Baixo Vouga que é de cerca de 68 milhões de euros.
E exigiu, esta sexta-feira, na Assembleia da República, uma intervenção do ministro da saúde de forma a evitar o pedido de demissão da diretora do serviço de urgências do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV).
Intervenção numa audição ao governante com a parlamentar social democrata a defender um reforço do contrato-programa em sede de orçamento do Estado para 2019.
“Não tem condições, nem de qualidade nem de segurança, para continuar à frente do serviço” atirou Regina Bastos, para explicar o pedido de demissão da diretora, que levou mais 40 médicos a mostrarem solidariedade.
Na sua intervenção na audição do ministro a propósito da situação atual do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Regina Bastos acusou Adalberto Campos Fernandes de seguir uma política que “não é avisada”.
Para a deputada do PSD, “o sentimento que grassa nas pessoas é exatamente esse, um sentimento de desproteção e inquietação, porque há, na verdade, uma degradação dos cuidados de saúde e essa degradação está em ritmo acelerado”.
Referindo-se ao pedido de demissão da diretora do serviço de urgências do CHBV, a parlamentar aveirense, notou que, “como tem um escudo de proteção eficaz, o conselho de administração tentou dar, até dia 13 de outubro, resposta às exigências da senhora diretora do serviço de urgências do Hospital D. Pedro”.
“Essas exigências demonstram bem a degradação do SNS e daquele hospital em particular. Os doentes, que já vão desprotegidos, vulneráveis, a um serviço de urgência, acabam por não ter garantia de ficarem internados, porque não há camas de internamento. Não há chefes de equipa que estejam permanentemente a seguir as equipas que trabalham e que estão, sem dúvida, escassas de recursos humanos” vincou Regina Bastos.
A deputada do PSD lembrou as listas de espera, que foram no início deste ano publicitadas, “que em algumas consultas de especialidade põem os utentes de uma área de 400 mil utentes a esperarem mais de um ano”.